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Brasil retoma atividade consular na Síria, mas diplomatas seguem em Beirute
A Embaixada do Brasil em Damasco anunciou nesta terça-feira (12) a retomada plena do atendimento consular na Síria, graças à “melhora relativa das condições de segurança na cidade”, segundo um informou à RFI Brasil um funcionário do Itamaraty. Desde 2012, os serviços à comunidade brasileira eram realizados no vizinho Líbano.
A partir de agora, um diplomata ou administrativo deverá ir a Damasco uma vez por semana para autorizar os documentos a serem emitidos. Por enquanto, nenhum funcionário do Itamaraty volta a residir na cidade, e a reabertura plena da embaixada continua sem data prevista.
Registros de nascimentos, emissão de passaportes e emissão de vistos, entre outras atividades, voltam a ser realizadas na embaixada brasileira na Síria. Apenas os vistos concedidos para os que desejam solicitar refúgio no Brasil continuarão a ser processados em Beirute.
Embora tenha mantido a embaixada em Damasco aberta parcialmente desde o início do conflito sírio, em 2011, o Itamaraty optou por deslocar o pessoal diplomático provisoriamente para Beirute e para Amã, na Jordânia, quando a guerra se intensificou, em julho de 2012.
A decisão foi tomada depois que os serviços de comunicação, como internet e telefone, deixaram de funcionar, e devido à “deterioração da segurança”, segundo comunicado da época. O embaixador Edgard Casciano e três diplomatas que trabalhavam na capital síria foram levados por via terrestre a Beirute, deixando 12 funcionários no posto, para manter a embaixada aberta simbolicamente.
Durante este tempo, os diplomatas se deslocavam de tempos em tempos, de maneira informal, até Damasco, principalmente para fazer o pagamento dos funcionários locais, já que que a Síria é alvo de sanções financeiras que bloqueiam o sistema bancário. Estas visitas se tornaram mais frequentes e mais longas no último ano, conforme a região da capital foi se tornando menos violenta.
Cerca de 700 brasileiros vivem em Damasco e redondezas, a maioria com dupla nacionalidade – na época do fechamento do serviço consular, eram 3 mil. Parte da comunidade também está nas regiões de Tartour e Wadi an-Nassara, para onde se deslocaram muitos que antes viviam em Homs, área atingida por combates.
No último mês de maio, como parte dos esforços para retomar a atividade consular, foi formado um conselho provisório de cidadãos brasileiros residentes na Grande Damasco.
A Embaixada brasileira fica na rua Al-Farabi, número 39, em East Mezzeh, Damasco. O atendimento consular é de domingo a quarta-feira, das 9h às 13h. Dúvidas e informações podem ser obtidas pelo telefone +963 116124552 ou pelo e-mailbrasemb.damasco@itamaraty.gov.br.
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