“A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou na quinta-feira os países escolhidos para liderar o diálogo de alto nível das Nações Unidas sobre energia, em processo que deverá culminar em setembro próximo, à margem da abertura da Assembleia-Geral, em Nova Iorque. O Brasil foi selecionado como país líder no tema da transição energética, um dos eixos centrais da iniciativa”, informou o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
A indicativa foi lançada com o objetivo de identificar formas de acelerar o progresso rumo ao objetivo de prover energia limpa, sustentável, confiável e acessível para todos nos próximos anos.
“O Brasil é líder em energias renováveis e detém a mais alta proporção de energia limpa na sua matriz energética entre as grandes economias mundiais (45%, versus uma média global de 18%). Com mais de 98% da sua população conectada à rede elétrica, o país é também exemplo de sucesso em acesso à energia”, indicou o Ministério.
A experiência brasileira “será posta a serviço dos esforços internacionais durante os debates e iniciativas a serem desenvolvidos nos marcos do diálogo de alto nível sobre energia”, acrescentou.
Os trabalhos para a atuação do Brasil no processo serão coordenados pelos Ministérios das Relações Exteriores e de Minas e Energia.
“A seleção do país como um dos líderes para a transição energética é o reconhecimento dos méritos brasileiros no campo da energia limpa, sustentável e acessível”, avaliou o Governo do Brasil, presidido por Jair Bolsonaro.
Segundo o executivo, é também a demonstração “de respeito nos foros internacionais de energia, onde o Brasil tem defendido a utilização de ampla gama de soluções para a descarbonização, combinando as vantagens da bioenergia sustentável, hidroeletricidade, energia solar e eólica, além da energia nuclear, em conjunto com fontes fósseis de menor emissão de CO2, como o gás natural”
A par do Brasil, também à Colômbia, Dinamarca, Alemanha, Índia, Espanha e Reino Unido foi-lhes atribuída a temática “Transição Energética”, segundo dados da ONU. Já o tema “Acesso a Energia” foi destinado a nações como China, Japão, Quénia, Países baixos e Rússia.