O compromisso de continuar avançando nas relações entre Israel e o Brasil decorre de diversos acordos bilaterais firmados nesta quarta-feira em Jerusalém em áreas relacionadas ao combate do novo coronavírus, tecnologia, agricultura, cooperação científica e segurança.
Araújo chefia a delegação brasileira, em visita oficial a Israel desde o último domingo, que inclui também o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aliado próximo do Governo de Netanyahu.
“Netanyahu enviou, por meio do filho do Presidente do Brasil, saudações ao Presidente Jair Bolsonaro e o convidou a visitar Israel”, disse em nota o Gabinete do primeiro-ministro israelita.O chefe de Governo israelita e o ministro brasileiro também abordaram o fortalecimento da pesquisa e o desenvolvimento de vacinas.
Nessa viagem, o ministro brasileiro defendeu o andamento das pesquisas de um imunizante no Brasil contra a covid-19, depois que o Presidente do país, Jair Bolsonaro, anunciou o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra a covid-19.
“Vamos ajudar o Brasil de todas as formas possíveis e estudaremos formas de aprofundar a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos e outras soluções para lidar com o vírus”, declarou no domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gabi Ashkenazi, após o encontro com Araújo.
Já a delegação brasileira elogiou a campanha de vacinação em Israel, onde mais da metade da população já recebeu uma dose do medicamento produzido pela farmacêutica Pfizer.O Governo brasileiro, por sua vez, administra vacinas do laboratório chinês Sinovac e da anglo-sueca AstraZeneca, com doses importadas e outras de produção local.O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 265.411 vítimas mortais e mais de 11 milhões de casos confirmados de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.593.872 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.