“O primeiro-ministro levantou o caso de Nazanin Zaghari-Ratcliffe e outros cidadãos anglo-iranianos detidos no Irã e exigiu a sua libertação imediata. Disse que, embora a remoção da pulseira eletrônica de Nazanin Zaghari-Ratcliffe fosse bem-vinda, a continuação da detenção é completamente inaceitável e ela deve ter permissão para regressar à sua família no Reino Unido”, afirmou a mesma fonte.
Acusada de tentar derrubar o regime de Teerã, acusação que sempre rejeitou, esta funcionária da Fundação Thomson Reuters — ramo filantropo da agência noticiosa com o mesmo nome — estava desde março passado em prisão domiciliária com pulseira eletrônica na casa dos seus pais na capital iraniana, Teerã, depois de ter saído da prisão em liberdade condicional.
Entretanto, a cidadã anglo-iraniana foi convocada novamente para ir a tribunal este domingo devido a um novo processo. Boris Johnson disse também que o Reino Unido mantém-se empenhado no acordo nuclear com o Irão com a condição de Teerã interromper todas as atividades que violem os termos do acordo, ao qual os Estados Unidos sob o presidente Joe Biden manifestaram abertura para voltar após a retirada em 2018 pelo antecessor Donald Trump.
“O primeiro-ministro sublinhou a necessidade de o Irã cessar atividades desestabilizadoras mais amplas e ser uma força positiva na região do Golfo”, acrescentou o porta-voz. Concluído em Viena entre o Irã e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes da ONU – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – mais a Alemanha), o acordo de 2015 designado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA na sigla em inglês) pretende limitar o programa nuclear da República Islâmica em troca do levantamento de sanções internacionais.