Ana Cristina Dib
O presidente eleito Jair Bolsonaro conversou na última quinta-feira (1º), em uma reunião privada no Rio de Janeiro, com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, P. Michael McKinley. O diplomata americano, que está deixando Brasília, ficará definitivamente como assessor do chefe do Departamento de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
Há três meses, P. Michael McKinley acumula as funções de embaixador no Brasil e também de assessor de Pompeo. Nesta quarta-feira, seguranças americanos estiveram no condomínio onde mora Bolsonaro para verificar o local e observar eventuais ameaças e riscos.
Bolsonaro disse, em várias ocasiões, que tem admiração pelo presidente Donald Trump e que irá aos Estados Unidos acompanhado pelo general da reserva Augusto Heleno, confirmado para a pasta da Defesa, e Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia. Ele e Trump conversaram por telefone após o resultado das eleições.
O presidente eleito afirmou que pretende conversar com Trump sobre acordos na área militar, negociações comerciais e também questões regionais. Assim como Donald Trump, Bolsonaro é crítico do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
Outra preocupação na região é com a Nicarágua. Há seis meses, o país vive em clima de confronto entre civis e agentes do Estado. As manifestações são rotineiras e há denúncias de desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão.
No último dia 29, logo após a eleição, Pompeo telefonou para Bolsonaro para parabenizá-lo. Em nota, o Departamento de Estado reiterou a parceria entre os dois países.
“Eles [Pompeo e Bolsonaro] discutiram a colaboração em questões prioritárias de política externa, incluindo a Venezuela, combatendo o crime transnacional e formas de fortalecer os laços econômicos entre os Estados Unidos e o Brasil, as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental”, informou nota divulgada pelo Departamento de Estado.