A Itália foi escolhida para sediar um dos oito supercomputadores de uma rede de 1 bilhão de euros planejada pela União Europeia.
O país havia se candidatado em 21 de janeiro, em um consórcio com a Eslovênia, e a escolha foi anunciada na última sexta-feira (7), pelo Comitê Europeu de Computação de Alto Desempenho (EuroHPC), órgão subordinado à Comissão Europeia, poder Executivo da UE.
“A escolha é motivo de orgulho para nosso país”, disse o ministro da Educação da Itália, Marco Bussetti. “Trata-se de uma iniciativa estratégica de crescimento e inovação”, acrescentou.
O supercomputador ficará no Tecnopolo de Bolonha e custará cerca de 120 milhões de euros. O objetivo da UE e dos Estados-membros é investir 1 bilhão de euros para criar uma rede de máquinas que poderão ser usadas em inúmeras áreas, do estudo do funcionamento do cérebro a pesquisas sobre a evolução do Universo, do desenvolvimento de novos remédios à luta contra as mudanças climáticas.
O supercomputador da Itália deve entrar em funcionamento em 2021, em uma região, a Emília-Romana, que já concentra 70% da capacidade de cálculo do país. As outras sete cidades europeias que receberão as máquinas são: Barcelona (Espanha), Bissen (Luxemburgo), Kajaani (Finlândia), Maribor (Eslovênia), Minho (Portugal), Ostrava (República Tcheca) e Sofia (Bulgária).
Três delas, as de Barcelona, Bolonha e Kajaani, serão de “exaescala”, ou seja, capazes de realizar 150 trilhões de cálculos por segundo. Os outros cinco serão de “petaescala”, com capacidade de fazer 4 trilhões de operações por segundo.
“Isso criará postos de trabalho e investimentos. Estamos verdadeiramente orgulhosos e satisfeitos”, disse o governador da Emília-Romana, Stefano Bonaccini.