Autoridades norueguesas afirmam que tiroteio em mesquita de Oslo foi ‘tentativa de ataque terrorista’. O suspeito tem posições de extrema direita e xenofóbicas, diz porta-voz.
A polícia norueguesa anunciou neste domingo (11) que está tratando o tiroteio que aconteceu no sábado numa mesquita nos arredores de Oslo como uma “tentativa de ataque terrorista”.
“A investigação mostrou que o perpetrador tem posições de extrema direita”, disse o porta-voz da polícia, Rune Skjold. O homem expressou simpatia pelo colaborador nazista norueguês Vidkun Quisling (1887-1945) e posições xenófobas. “Concluímos que estamos lidando com uma tentativa de ação terrorista”, disse o porta-voz.
O ataque contra o centro islâmico al-Nour em Baerum, cidade dos arredores de Oslo, deixou um ferido. A polícia anunciou a detenção de um suspeito.
A polícia de Oslo indicou que o suspeito, de “pouco mais de 20 anos”, vivia em Baerum, teria agido sozinho e que era conhecido da polícia, embora não tivesse “antecedentes criminais”.
Nascido na Noruega, ele estava armado com duas espingardas e uma pistola, na noite de sábado, quando invadiu a mesquita em Baerum. Lá estavam apenas três fiéis. O perpetrador foi dominado por um dos frequentadores da mesquita, que sofreu ferimentos leves.
“Um dos nossos foi atingido com balas por um homem branco com capacete e uniforme”, declarou o responsável da mesquita, Irfan Mushtaq, no sábado, ao jornal local Budstikka.
A polícia foi alertada sobre o tiroteio pouco depois das 16h locais (11h em Brasília). Várias horas depois do ataque, a polícia descobriu o corpo de uma jovem, parente do suspeito, numa casa em Baerum, o que levou à abertura de um inquérito por assassinato.
Interrogado durante a noite pelos investigadores, o suspeito recusou-se a dar explicações. No seu site, a polícia divulgou um comunicado sobre o reforço das medidas de segurança devido à celebração muçulmana do Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), que começa neste domingo.