Planejar bem o ambiente de trabalho pode trazer benefícios que vão além da beleza e estética do espaço, saúde física e mental do usuário, graças ao conforto, à praticidade e, principalmente, à funcionalidade
O termo corporativa ou empresarial é utilizado para designar o ramo da arquitetura que desenvolve, projeta e executa espaços de trabalho para empresas e grande corporações. Hoje, em reformas ou construções novas, já se pensa em conforto e tranquilidade dos funcionários em ambientes cleans que propiciam rendimento maior das equipes de trabalho. O arquiteto Sérgio Borges, diretor da SK Borges, é um dos principais nomes da arquitetura corporativa no Brasil.
Muitos são seus trabalhos espalhados pelo país, como na Embaixada Americana, nas sedes do Banco Mundial e dos cartões Visa e Mastercard, Centrus do Banco Central, Microsoft, Ibmec e TRK Imóveis, além de diversos escritórios de advocacia.
Prêmio – Os projetos do arquiteto de 43 anos têm participações em várias mostras, como a Casa Cor, e são marcados pela sobriedade e a utilização de um estilo único. Com o trabalho no Centro de Convenções do Complexo Empresarial Parque da Cidade, em Brasília, Sérgio Borges foi um dos vencedores do XII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, promovido pela Flex Eventos em 2015, em São Paulo (SP). O escritório apresentou projeto com inovações e soluções da arquitetura moderna, que propiciam grande impacto visual, cênico e também acústico.
“O papel da arquitetura corporativa é de extrema importância no objetivo de alcançar resultados financeiros e operacionais de uma empresa, pois o seu papel vai muito além da elaboração da estética, decoração e layouts dos ambientes de trabalho”, explica Borges. A seu ver, “o principal desafio é a criação de ambientes funcionais, adaptados às necessidades de agilidade nos processos, comunicação eficaz e alta produtividade”.
Em um trabalho empresarial, segundo o arquiteto, a climatização dos ambientes, a iluminação eficaz, a acústica adequada, a infraestrutura correta para receber modernos sistemas de cabeamento, elétrica e equipamentos de ponta e ainda a ergonomia do mobiliário são apenas algumas das inúmeras soluções a serem planejadas. “E todos esses aspectos precisam estar integrados e se relacionarem fortemente com a imagem, marca, missão, visão e valores da organização”, explica Borges.
O arquiteto explica que fazer um estudo bem planejado, que atinja níveis ideais de ventilação e luminosidade, aliado à ergonomia está entre os cuidados na hora de pensar em um ambiente de trabalho. Segundo ele, “essas medidas favorecem não somente o trabalhador, que terá mais prazer em seu ambiente de trabalho, mas também ao empregador, que notará um aumento considerável na produtividade de sua equipe”.
Espaço de convivência – Uma das preocupações do arquiteto é com as áreas de convivência no espaço corporativo, como cafés, espaço de descanso e jogos. São espaços onde os funcionários podem relaxar ou ter uma conversa informal para depois renderem mais. Ou seja, além do conforto individual de cada trabalhador – para que não venha adquirir doenças como LER (Lesões por Esforços Repetitivos) ou as da coluna, do pescoço, de circulação, dos olhos e o cansaço por ficar em posição inadequada. “O local de trabalho é onde passamos a maior parte do dia. Precisa ser agradável”, comenta.
Sérgio Borges trabalha levando em conta as expectativas e orçamento dos clientes, ou seja, uma Embaixada pode querer aumentar ou diminuir suas instalações e é nesse sentido que o projeto vai se realizar. O arquiteto gosta de colocar cimento, vidro, alumínio e madeira, utilizar materiais nacionais ou importados, mas sempre de qualidade. O atendimento pode ser feito no amplo escritório no Lago Sul ou direto onde o interessado tenha disponibilidade, em português ou inglês, o que facilita a vida de quem deseja contar com as obras deste profissional – com pouca idade, mas muita experiência.
Em uma das feiras internacionais visitadas, por exemplo, Sérgio viu estações de trabalho com a possibilidade de subir o tampo, ou seja, a pessoa está trabalhando sentada, aperta um botão – ele sobe – e consegue trabalhar em pé no computador. “Uma tendência que tenho observado muito na Europa é que as empresas estão migrando para esse tipo de solução, de mobiliário, justamente para melhorar a saúde dos trabalhadores”, observa o arquiteto, lembrando que há até cadeiras com sistema integrado de bicicletas. São feiras que discutem o espaço corporativo como um todo.
Embaixadas – Nas sedes diplomáticas, por exemplo, que geralmente preservam a cultura arquitetônica do país de origem, a equipe do arquiteto pesquisa os traços marcantes daquela cultura para absorver e refletir em um projeto. “Um espaço corporativo deve ter muito a haver com a finalidade daquela empresa ou instituição. Defendo que quando o leigo entre naquele escritório, consiga identificar o que aquele pessoal faz”, comenta o arquiteto. Sobre obras de instituições internacionais a serem executadas no Brasil, ele exemplifica que um projeto feito em Londres, às vezes exige materiais que não existem no nosso país, ou que lá é mais em conta e aqui é muito caro, aí é feito “a tropicalização do projeto, levando em conta os materiais e o nosso clima, quente e seco”.
SERVIÇO: SKBorges Arquitetura Corporativa – Contatos pelo site www.skborges.com.br ou telefone 55-61-3051-9065