Durante Cúpula Ibero-americana representantes de 22 nações fixam propostas para solução de desafios da região
Os países reunidos, nos dias 24 e 25, em Santo Domingo, na República Dominicana, durante a XXVIII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, adotaram quatro instrumentos através dos quais a Ibero-América fixará sua posição e proporá soluções a alguns dos principais desafios que a região enfrenta. O Ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira renovou o comprometimento do País com a região, ao recordar a volta do Brasil à CELAC, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e os esforços de reativar a Unasul.
O Ministro Mauro Vieira também manteve reuniões bilaterais com os Ministros das Relações Exteriores de Venezuela, Espanha, Guatemala, Peru e Chile, à margem da Cúpula. O diplomata lamentou a escalada da tensão na Ucrânia. O conflito, segundo ele, demonstra a necessidade premente da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Juntos por uma Ibero-América justa e sustentável” foi o lema da cúpula cujos participantes divulgaram a “Declaração de Santo Domingo com as principais deliberações do evento. O primeiro destes documentos é a Carta Meio ambiental ibero-americana-americana, que consolida a visão compartilhada frente aos desafios da mudança climática, a perda de biodiversidade e a contaminação, e estabelece alinhamentos para orientar normativas e políticas públicas nestas matérias.
O segundo é a Carta de Princípios e Direitos Digitais Ibero-americana, que coloca as pessoas no centro da transformação digital inclusiva, atende às brechas existentes e evita novas, e promove princípios que os Estados devem ter em mente ao implementar as legislações nacionais e inicializar políticas públicas.
O terceiro é a Estratégia para alcançar a segurança alimentar, que propõe, entre outras medidas, aumentar o comércio intrarregional e o desenvolvimento de cadeias de subministro mais resilientes, consolidar a agricultura familiar, expandir o acesso ao financiamento para transformar os sistemas agroalimentares e fortalecer a infraestrutura digital rural.
O quarto e último, é o Comunicado Especial sobre Arquitetura Financeira Internacional, que sistematiza uma proposta para avançar rumo a um sistema financeiro internacional mais justo, inclusivo e flexível, que permita aos países ibero-americanos arrostar, de melhor maneira, os processos de recuperação pós-pandemia, de transição energética, de adaptação climática e de luta contra a desigualdade.
A partir de agora, o Equador continuará o trabalho de acompanhamento dos acordos acima para continuar a construir uma América Ibero mais justa e sustentável.