A fim de promover e divulgar os vinhos portugueses, aconteceu , no dia 17, o projeto “Road Show 2021 – Vinhos de Portugal”, revelando a ótima relação entre preço e qualidade.
A programação do Road Show 2021 – Vinhos de Portugal contou com Masterclass sobre os Vinhos lá produzidos. Tradição, grande diversidade de terroir e, principalmente, variedades únicas de uvas nativas (autóctones) que dão origem a vinhos incríveis, genuínos, autênticos e de diferentes estilos de norte a sul do país, nos seus 700 km de extensão por 300 km entre o Atlântico e a Espanha com área plantada de videiras de 190 mil hectares aproximadamente.
Nesta edição foi oferecido, aproximadamente, 150 rótulos para degustação e entre os produtores portugueses estavam presentes várias Vinícolas, como: Aveleda, Carmim, Casa Clara, Cartuxa, Casa Relvas, Casa Santos Lima, Esporão, Quinta do Crasto, Global Wines, Herdade da Malhadinha Nova, Quinta do Paral, José Maria da Fonseca, Quinta de S. Sebastião, Quinta das Arcas, Quinta do Portal, Quinta dos Avidagos, Real Companhia Velha, Wines & Winemakers by Saven e Sogrape Vinhos.
A cultura do vinho em Portugal começou há milênios com a antiga civilização Tartessos (nome pelo qual os gregos conheciam a primeira civilização ibérica), floresceu durante o império romano e consolidou-se com a produção de vinhos pelos conventos e mosteiros, destacando o uso do vinho nos rituais religiosos.
Pioneiro na produção de vinho fortificado, criou o Vinho do Porto (o vinho mais conhecido no mundo). Portugal definiu a primeira Denominação de Origem Controlada – DOC DO DOURO – em 1756, pelo Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, então Secretário de Estado dos Negócios Interiores de Portugal, visando criterioso método de elaboração do vinho com regras rígidas acerca da plantação das videiras, da colheita das uvas, do envelhecimento do vinho, etc. Em 2020, a Região Demarcada do Douro, registra mais de 20 mil viticultores e o Vinho do Porto representa 69% das exportações portuguesas de vinhos.
Aproveito e falo aqui de outro vinho ícone do Portugal, o “Vinho Madeira”, produzido na ilha de mesmo nome, com solo de origem vulcânica. A ilha tem uma área total de 740km2 onde 450 hectares são destinados exclusivamente à produção de videiras. Esse vinho tem processo de elaboração diferenciado quando seu envelhecimento se dá pelo processo de oxidação dentro dos toneis de madeira. Igualmente ao Vinho do Porto, o Vinho Madeira é cercado de histórias. Uma delas dá conta de que era o vinho preferido de Thomas Jefferson e que foi o vinho do brinde da independência dos Estados Unidos da América.
Em Portugal são cultivadas mais de 250 uvas autóctones e essas variedades mudam de nomes e sexos em terras portuguesas. Vejam por exemplo: Afrocheiro ou Tinta Bastardinha, Albariño ou Alvarinho, Alicante ou Mourvèdre ou Monastrell ou Mataroe Etrangle-Chien, Aragones ou Tinta Roriz ou Tempranillo, Arinto ou Pedernã pu Pedreña ou Pé de Perdiz Branco ou Chapeludo ou Cerceal ou Azal Espanhol ou Azal Galego ou Branco Espanhol, Encruzado ou Salgueirinho, Fernão Pires ou Maria-Gomes ou São Amaral ou Gaeiro ou Fernão Pirão, Grenache ou Grenacha ou Garnacha ou Garnacha Tinta ou Garnacha Branca ou Grenache Rosso ou Garnatxa ou Cannonau ou Alicante ou Grenache Noir, Mencía ou Jaen ou Bierzo ou Ribeira Sacra, Periquita ou Castelão Frances ou Castelão Franco ou João Santarém, Trincadeira ou Mortágua de Vide Branca, Rasbigato ou Ribagato ou Rabo de Gato ou Rabisgato ou Estreito Macio ou Rabo de Carneiro ou Médoc ou Rabo de Ovelha, Roupeiro ou Codo ou Síria ou Côdega ou Alvadurão ou Crato Branco, Touriga Nacional ou Porto Mortágua.
Tamanha diversidade denota a riqueza de variedades viníferas, e além destas autóctones, em Portugal cultiva-se também as castas Syrah, Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot e outras vitis européias. Amparados tecnologicamente o que elevou a qualidade do vinho, Portugal obteve visibilidade internacional pela diversidade de seus vinhos. São vinhos únicos e singulares e ainda se destaca pelo “Vinho de Talha”, especialmente produzido no Alentejo.
Tin-tin aos vinhos portugueses.
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