“Uma caravana humanitária foi autorizada hoje e este movimento deve continuar”, insistiu Castex, enquanto a comunidade internacional trabalha para conter a violência entre Israel e grupos armados da Faixa de Gaza.
Hoje, após novos bombardeamentos israelitas e salvas de ‘rockets’ do Hamas palestiniano, a situação agravou-se em relação à passagem de Kerem Shalom, entre os dois territórios, que esteve aberta algumas horas e foi novamente encerrada por Israel depois do tiroteio palestiniano.
“A França apelou e apela firmemente ao conjunto dos atores a acabarem com a violência, provocações e incitação ao ódio para permitir um regresso da calma”, adiantou Castex durante a sessão de perguntas ao governo no parlamento.
Castex pediu ainda a proteção do “pessoal médico e humanitário” e que seja assegurada “a segurança dos jornalistas”. No sábado, um bombardeamento israelita destruiu um edifício de 13 andares, que abrigava as equipas da televisão Al-Jazira do Qatar e da agência noticiosa norte-americana Associated Press.
As declarações do primeiro-ministro suscitaram a ira do deputado Meyer Habib (centro-direita), que se identifica como próximo do chefe do governo israelita, Benjamin Netanyahu, e abandonou o hemiciclo antes de Castex ter terminado de falar. Criticou-o por não dizer “uma palavra sobre os civis israelitas”, o que considerou um “escândalo”.
Ao mesmo tempo, intensificaram-se as negociações diplomáticas. Emmanuel Macron e o seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, encontraram-se a meio do dia com o rei Abdullah II da Jordânia para trabalhar sobre uma mediação no Médio Oriente.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e Abdullah II também apelaram hoje à tarde a um “cessar-fogo rápido”. Mais de 200 palestinianos morreram, incluindo à volta de 60 crianças, desde o início dos combates entre forças israelitas e grupos armados palestinianos na Faixa de Gaza no passado dia 10. Do lado de Israel morreu mais de uma dezena de pessoas, incluindo duas crianças.
Os combates da última semana começaram após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, também relacionadas com ameaças de despejos de palestinianos no bairro Cheikh Jarrah, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão, junto ao local mais sagrado do judaísmo.