O Brasil é um dos países cotados para receber doses da vacina de Oxford/AstraZeneca que estão nos Estados Unidos. O país têm, em estoque, 30 milhões de doses do imunizante. Como o uso dele não está liberado no país, o governo avalia enviar as doses para outras nações que aplicam a vacina contra a covid-19.
Segundo reportagem publicada pelo jornal New York Times na quinta-feira (11/3), a discussão ocorre entre funcionários do governo norte-americano. A análise leva em conta o repasse ao Brasil, União Europeia e Grã-Bretanha.
Para ter o uso autorizado no país, a AstraZeneca precisa finalizar a etapa 3 de testes e depois solicitar o uso emergencial à agência sanitária FDA. O órgão funciona como a Anvisa no Brasil.
Por outro lado, outros 70 países já liberaram o uso do imunizante e há um cenário de escassez de vacinas. Até o momento, o governo norte-americano recusou os pedidos sobre as doses que foram feitos por outros países.
O repasse das doses é reforçado pela AstraZeneca. Ao jornal, Gonzalo Viña, porta-voz do laboratório, pediu uma análise cuidadosa dos Estados Unidos sobre o tema. “Entendemos que outros governos podem ter entrado em contato com o governo dos EUA sobre a doação de doses da AstraZeneca e pedimos ao governo dos EUA que considere cuidadosamente essas solicitações”, disse.
Pedido ao Brasil – No início da semana, reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que governadores do Nordeste avaliam pedir a liberação de 10 milhões de doses da vacina diretamente ao presidente dos EUA, Joe Biden.
A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre o tema. Mas, na quinta-feira (11/3), o governo declarou que toda população adulta — acima de 18 anos — deverá ser imunizada a partir de 1º de maio. A demanda pode interferir na liberação das doses.