Decisão de 6 das 7 nações do encontro foi confirmada pela ONU
Começou neste domingo (11), na cidade italiana de Bolonha, a reunião entre os ministros do Meio-Ambiente do G7, que reúne sete dos mais importantes países do mundo. No centro dos debates, está a defesa do acordo sobre o clima, assinado em Paris, com uma postura de combate contra os Estados Unidos no tema.
“O principal resultado desse encontro foi a absoluta determinação por parte de todas as seis nações de andar adiante com as ações sobre o clima, aconteça o que acontecer com a Casa Branca. Ninguém tem a mínima vontade de parar ou de desistir e todos estão determinados a tomar as ações necessárias”, disse o representante das Nações Unidas para o clima, Erik Solheim.
Enquanto os ministros debatiam em Bolonha, o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, usou as redes sociais para reforçar a postura de seu país no Acordo de Paris. “Hoje, Bolonha será sede do G7 do Ambiente e a Itália confirma o acordo de Paris sobre o clima e seu compromisso por uma economia verde e o desenvolvimento sustentável”, escreveu o premier em sua conta no Twitter.
No entanto, apesar das reuniões seguirem até esta segunda-feira (12), o diretor da Agência para o Ambiente dos EUA, Scott Pruitt, anunciou que sairá dos debates ainda neste domingo por conta de um compromisso já marcado com o presidente Donald Trump. O ministro do Ambiente do Japão, Koichi Yamamoto, revelou que a postura de Pruitt “não é tão cética” sobre o clima, mesmo que Trump tenha tirado seu país do Acordo de Paris.
“Não vi uma posição radicalmente cética sobre o clima por parte de Scott Pruitt. Ele se demonstrou interessado na redução da emissão dos gases poluentes. Era seu primeiro encontro, então ele estava muito prudente”, disse Yamamoto aos jornalistas. Já o ministro italiano, Gian Luca Galletti, destacou que o encontro será “climate neutral” e vai compensar as 250 toneladas de gás carbônico que emitirá.
“A Itália está na linha de frente no âmbito dos compromissos internacionais para promover e implementar modelos de desenvolvimento sócio-econômicos para a proteção do planeta e para garantir a prosperidade da humanidade a longo prazo”, comentou Galletti.
De acordo com o ministro, as emissões produzidas pelo encontro “serão compensadas através dos instrumentos previstos no protocolo de Kyoto, apoiando projetos de crescimento econômico ‘climate friendly’ em países em desenvolvimento”. As ações que serão beneficiadas ficam em Bangladesh, Paquistão e Ruanda. (ANSA)