Cidadãos do Catar têm 14 dias para deixar o Egito, Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Líbia e Maldivas; fronteiras serão fechadas nas próximas 24 horas
Sete países árabes anunciaram nesta segunda-feira (5) que cortaram as relações diplomáticas com o Catar após o país anunciar apoio a grupos terroristas. O movimento foi iniciado pelo Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, seguidos pelo Iêmen, Líbia e Maldivas. Cidadãos do Catar têm 14 dias para deixar estes países, que devem fechar as suas fronteiras nas próximas 24 horas.
De acordo com uma agência de notícias estatal da Arábia Saudita, os portos de entrada entre o país e o Catar já foram fechados para “proteger a segurança nacional dos perigos do terrorismo e do extremismo”. Diplomatas dos Emirados Árabes devem deixar o Catar nas próximas 48 horas. Abu Dahbi acusa Doha de dar suporte ao terrorismo, extremismo e dar voz a organizações sectárias.
No final do mês passado, como lembra o G1, alguns países árabes já haviam bloqueado meios de comunicação do Catar, incluindo a rede Al Jazeera. A medida aconteceu após comentários feitos pelo emir Sheikh Tamim Al Hamad Al Thani, que saudou o Irã como um “poder islâmico” e criticou a política do presidente dos Estados Unidos Donald Trump em relação à Teerã.
As relações diplomáticas entre os países foram cortadas poucos dias após a visita de Trump à região. O republicano esteve na capital da Arábia Saudita e fez um discurso histórico a 55 líderes muçulmanos de incentivo ao aumento dos esforços para combater o terrorismo. Rex Tillerson, o secretário de Estado dos EUA, acredita que a decisão de isolar o Catar pode ter um efeito significativo na luta contra o terrorismo. Já um alto funcionário do Irã afirma que a medida não ajudaria a acabar com a crise no Oriente Médio.
Para o ministro do exterior do Catar, a decisão das nações de cortar laços diplomáticos com o país é ‘injustificada’ e baseada em reinvidicações “que não têm base de fato”, segundo divulgado pela Reuters.