Estado Islâmico reinvidicou autoria do ataque, mas autoridades locais estão tratando caso como tentativa de assalto
Trinta e quatro corpos foram encontrados nesta sexta-feira (2) em um cassino de Manila, capital das Filipinas, após um atirador invadir o local e começar um incêndio no prédio, afirmaram as autoridades locais. Outras 54 pessoas estão feridas.Apesar do Estado Islâmico ter reivindicado a autoria do ataque, as autoridades locais estão tratando o caso como uma tentativa de assalto. A polícia disse que o homem armado ainda não foi identificado e se matou depois de disparar contra oficiais armados que o procuravam.
“Estamos analisando o caso como um roubo porque ele não machucou as pessoas e foi direto para a sala de fichas do cassino. Ele estacionou no segundo andar e entrou atirando nas telas de TV, despejou gasolina em uma mesa e colocou fogo nela”, afirmou o chefe de polícia Ronald De La Rosa. Muitas das vítimas morreram sufocadas no incêndio enquanto tentavam fugir do cassino, afirmou o canal de televisão ANC (Sputnik Brasil).
Atentado terrorista deixa feridos em resort nas Filipinas
Segundo jornais internacionais, um homem mascarado teria atirado contra turistas e funcionários do hotel
Um suposto atentado terrorista ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (1º/6), horário de Brasília, no Resorts World Manila, um hotel na região metropolitana da capital filipina. O hotel foi esvaziado.
Segundo a CNN Filipina, um homem mascarado teria atirado contra turistas e funcionários do hotel. O resort, que é um complexo de cassino, hotéis, restaurantes e bares, fica ao lado do Ninoy Aquino International Airport, um importante aeroporto internacional do país. O grupo terrorista Estado Islâmico, que há poucos dias começou uma ofensiva no país asiático, após perder território no Iraque e na Síria, assumiu a autoria do ataque. Em uma nota, o EI informou que os autores do ataque eram soldados do grupo, segundo o SITE, uma página on-line que acompanha as atividades dos grupos extremistas.
Ainda não há informações sobre a quantidades de mortos ou feridos. Carros da polícia, caminhões de bombeiros e equipes da SWAT estão no local. “O Resorts World Manila está interditado, depois de informes de disparos [efetuados] por homens não identificados”, relatou a empresa em sua conta no Twitter.
“A companhia está trabalhando estreitamente com a Polícia nacional para garantir que todos os clientes e funcionários estejam a salvo”, acrescentou. Imagens exibidas nas emissoras locais mostram pessoas correndo no Reasorts World. O complexo foi cercado pela Polícia, depois das informações sobre os tiros pouco após a meia-noite.
“Ia voltar para o segundo andar, quando vi gente correndo. Alguns hóspedes do hotel disseram que alguém havia gritado ‘Isis’ (Estado Islâmico)”, contou à rádio DZMM Maricel Navarro, que trabalha no complexo. “Os hóspedes gritavam. Fomos para o porão e nos escondemos. As pessoas gritavam, os clientes e os funcionários estavam aterrorizados”, acrescentou Navarro.
“Quando sentimos cheiro de fumaça, decidimos ir para a saída, no estacionamento. De lá conseguimos sair, mas, antes de sair, ouvimos dois disparos, e tinha muita fumaça no térreo”, completou. Na semana passada, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, impôs lei marcial em toda Mindanao (sul) para acabar com o que ele chamou de ameaça crescente do Estado Islâmico na região.
A declaração da lei marcial ocorreu logo após militantes realizarem atos de violência na cidade de Marawi (sul), que fica a 800 km de Manila. Forças de segurança ainda estão combatendo os militantes em Marawi. Esses confrontos já deixaram pelo menos 171 mortos. Vivem nessa região cerca de 20% dos mais de 100 milhões de habitantes do arquipélago. Por ocasião desse anúncio, Duterte alertou que pode vir a estender a lei marcial para o restante do país, se a ameaça terrorista se espalhar.
Com informações da France Presse
Autoridades filipinas descartam hipótese de terrorismo em cassino
France Presse
Um homem abriu fogo no cassino com um fuzil M4 e depois ateou fogo ao local, onde ao menos 36 pessoas morreram
Antes do anúncio da morte do atirador, uma mensagem não comprovada pareceu reivindicar a ação em nome do grupo Estado Islâmico (EI). O presidente americano Donald Trump chegou a mencionar um ataque “terrorista”. Mas as autoridades filipinas afirmaram que a ação foi um roubo frustrado e descartaram completamente a pista terrorista.O porta-voz da presidência, Ernesto Abella, também indicou que a situação “não está relacionada de nenhuma maneira com um ataque terrorista”. “Foi simplesmente um roubo e o mais provável é que tenha sido executado por um perturbado”, disse à imprensa Albayalde.
As autoridades informaram em um primeiro momento que um homem, que ao que parece atuou sozinho, caminhou até uma área do cassino e atirou com um rifle contra um monitor de televisão, antes de espalhar gasolina em uma mesa de apostas. O homem atirou novamente e colocou várias fichas em de jogo em uma mochila. De acordo com a polícia, o criminoso teria levado o equivalente a 113 milhões de pesos filipinos (2,3 milhões de dólares). O ataque provocou pânico entre os clientes, que acreditaram em um atentado terrorista. “Ia voltar para o segundo andar, quando vi gente correndo. Alguns hóspedes do hotel disseram que alguém havia gritado ‘Isis’ (Estado Islâmico)”, contou à rádio DZMM Maricel Navarro, que trabalha no complexo.
“Os hóspedes gritavam. Fomos para o porão e nos escondemos. As pessoas gritavam, os clientes e os funcionários estavam aterrorizados”, acrescentou Navarro. “Quando sentimos cheiro de fumaça, decidimos ir para a saída, no estacionamento. De lá conseguimos sair, mas, antes de sair, ouvimos dois disparos, e tinha muita fumaça no térreo”, completou.
Lei marcial – Na semana passada, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, impôs lei marcial em toda região Mindanao (sul) para reprimir uma insurreição islamista que declarou lealdade ao EI.Na região, que ocupa um terço do território filipino, vivem 20% dos mais de 100 milhões de habitantes do arquipélago. Duterte alertou na semana passada que poderia estender a lei marcial para o restante do país, em caso de aumento da ameaça terrorista.