Carrie Lam, funcionária apoiada pelo governo chinês, foi nomeada neste domingo (26) a nova governante de Hong Kong por um colégio eleitoral, decisão que pode exacerbar as tensões políticas na ex-colônia britânica.
Primeira-secretária da administração anterior, Carrie Lam foi nomeada entre vários candidatos por um colégio eleitoral de 1.200 membros. Segundo a imprensa internacional, a maioria dos votantes são pró-Pequim e apoiam as autoridades chinesas locais.
Lam, que será a primeira mulher a chefiar a cidade-estado e deve assumir o cargo em 1° de Julho, obteve 777 votos contra 365 de seu principal adversário, o ex-secretário de Finanças John Tsong, que possuía melhores índices de popularidade entre a opinião pública, segundo pesquisas. Os 7,3 milhões de eleitores da metrópole não participaram do pleito.
Após o anúncio da nomeação de Carrie Lam, uma grande manifestação eclodiu em Hong Kong neste domingo (26), denunciando a interferência de Pequim e a presença de forças de segurança chinesas perto do principal centro eleitoral da cidade.
Desde a retomada pela China da ex-colônia britânica, em 1997, Pequim tem aumentado progressivamente sua presença sobre o território, apesar das promessas de liberdade e autonomia concedidas a Hong Kong em virtude do princípio local de “um país, dois sistemas “.
Fonte: RFI