Após uma enxurrada de falsas acusações contra a China, o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) recentemente mirou seus alvos sobre o comércio de suprimentos médicos e a transparência das políticas anti-COVID-19 da China, uma conspiração politicamente motivada com o objetivo de transferir a responsabilidade do vírus para Beijing em meio ao seu próprio fracasso.
A China nunca encobriu seu surto de COVID-19 da comunidade internacional. Desde 3 de janeiro, vários dias após as autoridades locais da China detectarem casos de pneumonia de causa desconhecida, Beijing vem informando regularmente a Organização Mundial da Saúde e outros países e regiões, incluindo os Estados Unidos, sobre o surto e compartilhando com os mesmos suas descobertas e experiências de pesquisa científica.
É ridícula a acusação do DHS de que a China teria armazenado intencionalmente suprimentos médicos “tanto pelo aumento das importações quanto pela diminuição das exportações”, porque a conclusão do relatório baseia-se nas más intenções dos analistas em vez de fatos.
O Yahoo News citou Daniel Hoffman, um oficial sênior de inteligência aposentado da Agência Central de Inteligência, dizendo que “são dados comerciais. Isso não vai responder à questão sobre a intenção estratégica da China”, enquanto Nate Snyder, ex-funcionário de antiterrorismo do DHS, disse “Não tenho certeza do que este produto está tentando provar, além de encontrar fontes abertas convenientes para apontar o dedo para a China.”
A redução na produção e exportação na China é sempre esperada nos dois primeiros meses a cada ano, quando o feriado do Ano Novo Lunar interrompe a fabricação para dar tempo para os trabalhadores viajarem para casa. Este ano, a dupla pressão imposta pelo inesperado surto da COVID-19 e pelo feriado prolongado fez com que a manufatura da China, incluindo a produção de equipamentos médicos, atingisse uma baixa recorde.
Quando a China tomou medidas sem precedentes para colocar suas cidades sob lockdown a fim de prevenir e controlar o surto, experimentou um breve subfornecimento de equipamentos médicos. O sacrifício da China ganhou tempo precioso para outros países combaterem o vírus. Desde que sua produção doméstica foi gradualmente sendo retomada, a China tem dado o máximo suporte a outros países necessitados dentro de sua capacidade.
De 1º de março a 6 de maio, a China exportou suprimentos antiepidêmicos para 194 países e regiões, de acordo com o Ministério do Comércio da China, apesar da enorme demanda interna por esses materiais para proteção contra uma reincidência do vírus. No mesmo período, os dados alfandegários mostraram que a China também forneceu mais de 6,6 bilhões de máscaras, 344 milhões de pares de luvas cirúrgicas, 44,09 milhões de conjuntos de trajes de proteção, 6,75 milhões de óculos e quase 7.500 respiradores para os Estados Unidos.
A estratégia de alguns políticos dos EUA de transferir a responsabilidade não pode esconder a realidade: foi Washington que desperdiçou o tempo que a China ganhou e que prejudicou os esforços internacionais contra a COVID-19 impondo proibições para a exportação de suprimentos médicos.
Em abril, a 3M, uma grande fabricante de máscaras dos EUA, disse que o governo dos EUA havia exigido a suspensão das exportações de máscaras respiratórias N95 feitas nos EUA para a América Latina e o Canadá. Washington também foi acusado por Berlim de “pirataria moderna” depois que desviou carregamentos de máscaras destinadas à polícia alemã e cobrou um preço mais alto do que os outros para disputar por suprimentos médicos.
Com a absurda mentalidade de “sempre culpar a China”, alguns políticos dos EUA vêm transferindo imprudentemente a culpa pelo seu fraco desempenho em meio ao surto da COVID-19 e agarrando ganhos políticos. No entanto, uma mentira permanece uma mentira, mesmo que seja contada mil vezes, e o jogo de acusações de Washington não enganará mentes sóbrias.