Locais com sinais de controle de novas infecções de covid-19, Nova Zelândia e Nova York persistem nas regras de isolamento social para achatar ainda mais a curva de contaminação, ainda que algumas flexibilizações já sejam previstas. Na cidade que é o epicentro da doença nos Estados Unidos, país mais afetado pela doença, o prefeito Bill De Blasio defendeu, em entrevista à MSNBC, que antes de falar em reabertura do comércio é necessário seguir testando em massa e seguindo as medidas de restrição à socialização.
Na Nova Zelândia, a primeira-ministra Jacinda Ardern, que ganhou projeção internacional pela boa condução da crise no país, prorrogou por cinco dias a quarentena, estendendo até a próxima segunda 27. A quarentena foi decretada em 25 de março, quando o país ainda não tinha nenhuma morte, informa a imprensa local.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, que compila dados relativos à pandemia, 12 pessoas morreram e 1.440 foram contaminadas na Nova Zelândia. Depois do dia 27, segundo o governo neozelandês, deve haver a reabertura do comércio, mas regras de isolamento social vão permanecer.
No Estado norte-americano de Nova York, segundo o governador Andrew Cuomo, o número de mortes em 24 horas alcançou o nível mais baixo em uma semana, com 478 óbitos. Neste domingo, 19, o governo local informou 507 mortes e no dia anterior foram 540 vítimas fatais. O número de total de pessoas hospitalizadas continua caindo lentamente, mas Cuomo se recusa a falar de reabertura no Estado. “A questão não deveria ser quando e como, mas sim como usar essa situação para aprender lições valiosas e repensar a sociedade que queremos ser”, disse o político democrata. O governador voltou a cobrar participação mais efetiva do governo federal com relação à destinação de verbas e no auxílio à obtenção de testes para a covid-19.
Cuomo também disse que as autoridades locais já trabalham com a previsão de que as pessoas vão circular mais conforme o clima for ficando mais quente, independentemente da reabertura do comércio, e que o desafio é manter a taxa de contaminação entre 0,9 e 1,2, isto é, um grupo de 10 contaminados contagiar, ao todo, outras 9 a 12 pessoas.
Nos Estados Unidos como um todo, de acordo com a Johns Hopkins, 762 mil pessoas já foram infectadas e 40.172 morreram por causa da covid-19.
A Argentina começa nesta segunda, 20, um regime de “quarentena administrada”, com a liberação de circular valendo para profissionais de 11 novos setores. Apesar disso, o presidente Alberto Fernández continua defendendo a necessidade do respeito às medidas de isolamento social, informa o jornal La Nación. Segundo Ministério da Saúde da Argentina, o país tem hoje 2.941 casos confirmados, sendo que 136 pessoas já morreram.