O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse neste sábado (11.jan.2020) que a União Europeia “reconhece” a responsabilidade do Irã no abate de 1 avião civil ucraniano na 4ª feira (8.jan.2020) e disse querer “total cooperação” do Irã. Todas as 176 pessoas a bordo morreram.
“A UE reconhece as declarações feitas pelas autoridades iranianas nas quais se assumem responsáveis pelo incidente do voo PS752 da Ukraine International Airlines”, indicou 1 porta-voz do Alto Representante para Política Externa da UE, em comunicado.
A mesma nota informativa acrescentou que a UE espera, e perante os compromissos assumidos pelo Presidente iraniano Hassan Rohani, que “o Irã continue a cooperar totalmente” e “realize uma investigação integral e transparente” sobre este caso, processo esse que “deve cumprir os padrões internacionais”.
“Devem ser tomadas medidas apropriadas para garantir que 1 acidente tão horrível não volte nunca mais a acontecer”, frisou o comunicado, que ainda lamenta a morte “de tantas pessoas de diferentes países” e reitera as “sinceras condolências” às famílias das vítimas.
LÍDERES EUROPEUS – O premiê britânico, Boris Johnson, disse esperar que as tensões no Oriente Médio diminuam e pediu uma investigação “transparente e independente”. Já o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heikko Mass, declarou que o país persa deverá explicar “mais essa terrível catástrofe” e tomar medidas para garantir “que isso nunca mais aconteça”.
QUEDA – Um Boeing 737 da companhia aérea privada ucraniana UIA caiu em 8 de janeiro próximo da capital do Irão, Teerã, provocando a morte de todas pessoas que seguiam a bordo.A maioria das vítimas tinha nacionalidade iraniana e canadense, mas também estavam a bordo cidadãos da Ucrânia, Suécia, Afeganistão, Alemanha e do Reino Unido.
O Irã admitiu hoje responsabilidades na queda da aeronave, tendo informado que o avião civil ucraniano tinha sido abatido inadvertidamente por militares iranianos que o confundiram com 1 míssil de cruzeiro devido ao estado de alerta decretado por causa da recente escalada de tensão entre Washington e Teerã.
A declaração de Teerã surge depois de informações avançadas por alguns países, nomeadamente os Estados Unidos e o Canadá, terem indicado, na 5ª feira (9.jan.2020), que o aparelho poderia ter sido abatido, inadvertidamente, pelo sistema de defesa antiaéreo iraniano.
Na 6ª feira (10.jan.2020), os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em uma reunião extraordinária em Bruxelas convocada para analisar a escalada das tensões no Oriente Médio, não conseguiram alcançar uma posição unânime em relação ao caso do Boeing 737.
*com informações da Agência Brasil