O embaixador Diego Antonio Rivadeneira Espinosa, em entrevista exclusiva, afirma que o objetivo do seu governo é “levar o Equador para o mundo”. O diplomata garante que as delícias do país como o ceviche de camarão, o encocado de peixe, a caçarola de mariscos, além da sopa de batata com queijo e abacate, vão surpreender o público brasiliense. Rivadeneira afirma ainda que a gastronomia equatoriana “é uma ferramenta poderosa para a promoção, desenvolvimento e integração da América Latina” .Veja a íntegra da entrevista:
- – Qual a importância de trazer um evento como o Festival Gastronômico do Equador para o público de Brasília?
A gastronomia é uma ferramenta efetiva para divulgar a cultura, os sabores e as tradições de um país. A Diplomacia Gastronômica permite projetar a imagem de uma nação no mundo e posicionar a cultura nacional através da riqueza de seus produtos, da sua cozinha, de sua música, de seu artesanato. Brasília é a capital do Brasil, é uma cidade aberta ao público estrangeiro e pronta a conhecer novas culturas, novos sabores, novas tradições dos 134 países que tem suas sedes diplomáticas aqui. A gastronomia e a cultura equatorianas são ricas em sabores e produtos que lá posicionam como uma das melhores da América do Sul. A Embaixada do Equador busca divulgar os produtos equatorianos que são exportados no Brasil, informar sobre a história dos alimentos usados na nossa culinária e surpreender o público brasiliense com variedade de sabores e de receitas que podem ser preparadas com produtos de altíssima qualidade como o camarão, o atum e a merluza. Levar o Equador ao mundo é um dos objetivos da nossa sede diplomática. Brasília é o espaço ideal para mostrar a riqueza do artesanato equatoriano como os chapéus de palha toquilla e a qualidade do melhor cacau do mundo e do nosso chocolate orgânico e produzido com mais de 80% de cacau de fino aroma.
- – O senhor acredita que a culinária equatoriana possa cair no gosto de brasileiro?
Com certeza sim, porque a culinária equatoriana é muito variada, os produtos usados para preparar nossos pratos tradicionais são conhecidos no Brasil. Se usa muita banana da terra, milho, batata, camarão, peixe, atum, palmito, frutas exóticas, que fazem que a qualidade da gastronomia equatoriana seja ótima e muito gostosa. Os pratos são variados e temos muitas receitas para preparar alimentos e bebidas. O Equador é o país dos 4 mundos: litoral, montanhas, Amazônia e região insular (Galápagos), com seus respectivos costumes e tradições. No amplo litoral equatoriano, os produtos marinhos são abundantes.
- – Quais os pratos famosos da culinária equatoriana que estão presentes no festival?
Temos o maravilhoso ceviche de camarão, peixe o atum, a caçarola de mariscos, o cordeiro ao alecrim com sal de Galápagos, bolinho de banana da terra verde, tortilha de quinua, assado de frango e palmito em folhas de bananeira, sopa de batata, queijo fresco e abacate. Uma bebida típica das montanhas equatorianas é o canelazo: é uma bebida alcoólica quente que é consumida nas áreas montanhosas do Equador. Geralmente feito com o suco de naranjilla, amora, maracujá e cana-de-açúcar comumente cozidos com canela.
- – O Festival terá alguma novidade para surpreender o público brasilense?
Além da culinária o Festival vai surpreender com a música equatoriana, música andina com guitarra e charango, que acompanham a história dos produtos usados para cozinhar e guardam os conhecimentos ancestrais da culinária andina.
Os famosos chapéus de palha toquilla, que são equatorianos, tecidos no litoral e nas montanhas do Equador, por artesãos equatorianos até muitos anos. Os chapéus poderão ser conhecidos por tudo o público que assista ao festival e serão vendidos. E como grande surpresa o chocolate equatoriano Pacari, teremos uma demonstração do chocolate Pacari, cacau orgânico, 100%. Uma exposição da história do cacau equatoriano ficará no festival para conhecer como mais do 60% do cacau de fino aroma que se exporta ao mundo, é cacau do Equador. A privilegiada localização na Latitude cero e a geografia andina, da costa do Pacífico e da Amazônia, criam um produto de altíssima qualidade.
- – Precisa-se fazer adaptações ou aqui no Brasil se encontra todos os ingredientes para preparar um prato equatoriano?
Algumas adaptações se devem fazer porque por exemplo a sal de Galápagos somente existe nas Ilhas Galápagos. Algums condimentos, o milho não é fácil de conseguir no Brasil. Mas, tudo é possível, porque a gastronomia é um elemento integrador entre os povos, é uma ferramenta que promove a integração e o desenvolvimento de nosso continente através do respeito a uma cadeia de valor que inclui agricultores, pescadores, fazendeiros, hoteleiros, artesãos, ambientalistas, acadêmicos, políticos, econômico, diplomatas e comensais. Nossa gastronomia é uma ferramenta poderosa para a promoção, desenvolvimento e integração da América Latina.
Foto: Cláudia Godoy
Festival Equador de Gastronomia e Cultura
Dias 26 e 27 de novembro – Restaurante Dali Cozinha Peruana- Hotel Brasil 21 Convetion
R$ 85,00 + 10% (venda antecipada até dia 24/11)
R$ 98,00 + 10% (Dias do festival)
Dia 28 – Dudu Bar (QI 11 do Lago Sul)- R$ 120,00