As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) mantêm o ritmo positivo em 2019, conforme levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Entre janeiro e agosto, o Brasil exportou 2,758 mil toneladas, volume 2,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 2,696 mil toneladas.
Em receita, o desempenho é ainda mais expressivo: saldo de US$ 4,625 bilhões, número 7,4% acima dos US$ 4,3 bilhões obtidos nos oito primeiros meses de 2018.
Considerando apenas o mês de agosto, houve retração de 17,9% nas vendas, com 325,4 mil toneladas embarcadas em agosto deste ano, contra 396,4 mil toneladas registradas no oitavo mês de 2018. Em receita, a retração é de 12,5%, com US$ 552,9 milhões em 2019, contra US$ 631,5 milhões em agosto do ano passado.
“Atrasos em embarques devido a questões burocráticas nas vendas para a China, Emirados Árabes e outros mercados foram determinantes para o menor fluxo registrado em agosto. Por se tratar de questões burocráticas, e não comerciais, há a expectativa de retomada dos níveis de exportações já no próximo mês”, analisa Francisco Turra, presidente da ABPA.
Carne suína
As vendas de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) também mantiveram ritmo positivo neste ano. De acordo com os dados levantados pela ABPA, o setor embarcou 466,1 mil toneladas entre janeiro e agosto, 13,4% acima do exportado no mesmo período do ano passado, com 410,8 mil toneladas.
O saldo cambial obtido no período, com US$ 956,3 milhões, foi 19,9% maior que os US$ 797,5 milhões realizados nos oito primeiros meses do ano passado.
Em agosto, foram embarcadas 51,6 mil toneladas (-19,7%, frente às 64,2 mil toneladas registradas em 2018), gerando receita de US$ 108,5 milhões (-2,2%, contra US$ 110,9 milhões realizados no oitavo mês de 2018).
“O movimento de desaceleração nas exportações de carne suína registrado no período tem motivações semelhantes aos embarques de produtos avícolas. No caso de suínos, a problema envolve exclusivamente a China. A reversão do quadro deve ser sentida já no próximo mês”, ressalta Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA.