O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, conversaram sobre a Amazônia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante encontro na Casa Branca nesta sexta-feira (30).
“Conversamos muito sobre a Amazônia porque tem havido muitas notícias sobre isso. Mas estamos conscientes do quão importante a Amazônia é ao mundo”, afirmou Araújo.
O chanceler brasileiro também disse que “cooperações específicas para combater o fogo” são “bem vindas”. “O Brasil está com a tarefa principal [de combater os incêndios] porque somos capazes disso, e estamos prontos para termos sucesso.”
“Dados mostram que o fogo está sendo extinto, mas estamos aceitando cooperações individuais para combater os incêndios”, completou Araújo.
Ainda de acordo com o chanceler, a comitiva brasileira também agradeceu Trump pela atuação na reunião do G7 em Biarritz “ao contestar ideias que surgiram, infelizmente, de relativizar a soberania brasileira sobre a Amazônia”.
“O presidente Trump foi completamente contra isso, tanto pela amizade com o Brasil quanto por compartilhar da visão de mundo de que não é assim que o mundo funciona, que temos um mundo de nações soberanas, nações independentes, que devem cooperar sim – inclusive na questão ambiental.”
Eduardo Bolsonaro na Embaixada
O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que a comitiva abordou, brevemente, a possível nomeação do parlamentar como embaixador do Brasil nos EUA.
“O presidente Trump reforçou sua intenção, de maneira bem educada, de apoiar a minha candidatura, mas não aprofundamos [o tema]”, afirmou.
“Os senadores que vão decidir o meu futuro em relação à essa possibilidade de ser embaixador”, completou o deputado.
Mal estar com Macron
Eduardo Bolsonaro também falou sobre as recentes trocas de farpas entre o governo brasileiro e o presidente da França, Emmanuel Macron. O deputado criticou a oferta de ajuda do francês ao Brasil.
“Não podemos aceitar no Brasil que Macron, da maneira que ocorreu, falando, atentando contra nossa soberania nacional, depois vir querer fazer algum tipo de ajuda. Então, não é uma ajuda que vem de bom coração.”
“É uma ajuda que vem com interesses outros, e isso aí seria um desrespeito com os brasileiros, seria subjugar a nossa brasilidade”, afirmou Eduardo Bolsonaro.