Entre o Samba de gafieira e a música francesa o público assistiu apresentações impecáveis.
| Oda Paula Fernandes
Fotos: Rafael Luz
O Sarau Chatô realizou a 22ª edição do evento que já é tradição no Distrito Federal. Desta vez, a França e o estado do Rio de Janeiro Foram homenageados. A festa multicultural aconteceu no Hípica Hall Brasília, no último dia 19 de outubro. O músico francês Nicola Són, passistas da escola de samba Aruc de Brasília, a cantora Luciana Luppi e dançarino e professor de dança de salão Marcelo Amorim, fizeram o show da noite que teve ainda amostra “Rio, encantos mil” da artista plástica carioca Sandra Uga. A entrada – 1 k de alimento não perecível – é livre para todas as idades. A próxima edição já tem data marcada para o dia 23 de novembro com a Angola e o estado da Bahia.
Como a música tem o poder de transportar, o palco do Sarau apresentou artistas que cantaram os dois idiomas, Nicola Són um parisiense apaixonado pela expressividade brasileira faz uma interessante e apaixonada fusão sonora com clássicos dos dois países. Luciana Luppi, cantora de alma francesa e coração carioca, embalou com os clássicos bilíngues franco-brasileiros em impressionante performance vocal.
Para celebrar o Rio, Marcelo Amorim com um show de gafieira. “Fizemos uma apresentação que conta a história da gafieira e do Rio de Janeiro, como são os salões tradicionais. Começamos com uma dança mais leve, onde o público se identifica. Depois apresentamos um número que é de espetáculo, cheio de movimentos e de sedução, típicos da dança”, frizou Marcelo Amorim, carioca, professor de dança de salão e mora há 19 anos em Brasília. Além disso, o Reco do Bandolim & Grupo Choro Livre com chorinho e a escola de samba Aruc com passistas e muito samba agitaram a noite brasiliense.
O evento, promovido pela Fundação Assis Chateaubriand tem como objetivo aproximar do público um país e um estado brasileiro, ao mesmo tempo. Para realizar esses eventos é feita uma parceria de colaboração tanto financeira quanto de produção cultural de ambos prestigiados com a fundação. Assim foram as 21 edições anteriores.
Segundo Shirley Colaço, da organização do Sarau Chatô, a escolha do estado e do país é aleatória. Após definir quem será prestigiado, a Fundação estabelece contato, para os arranjos finais. “Fazemos o contato com as embaixadas e com os representantes dos estados brasileiros, aqui em Brasília, e convidamos para a demonstração cultural. Quem aceita, entra para a edição e o resultado é sempre surpreendente. Mas contamos, e muito com a colaboração para continuar com este trabalho de disseminação de culturas tão ricas e instigantes para nosso público, que sempre nos prestigia”, registra Shirley.
Para prestigiar o evento, entre outras, as embaixadas do Cazaquistão, da Índia e da Rússia marcaram presença. Acompanhado da família e amigos conterrâneos, Aleksêi Timofeitchev, chefe correspondente internacional da Gazeta Russa no Brasil, comentou a satisfação de estar mais uma vez no Sarau que em junho, a Rússia foi protagonista, na edição 19. “O formato que o Chatô encontrou para organizar todas estas festas é muito bom porque na verdade aqui na capital a gente encontra pouca oportunidade para ter intercâmbio cultural. Infelizmente é uma capital de muito trabalho e não tem muitos eventos como este”, acentua Timofeitchev.