[:pb]
Considerada o coração da França, a Borgonha pode ser traduzida pela sua cozinha e vinhos, além de um passado de contos de fada com os Duques de Borgonha, da família dos Valois, que eram, em sua época, considerados mais importantes do que os Reis da França, de quem, aliás, eram banqueiros e credores.
As paisagens, a rota de vinhos, castelos e abadias nos fazem voltar à época de grandes banquetes reais, sempre regados de grandes vinhos, servindo caças e peixes. Difícil encontrar em outra região da França, a exceção do Vale do Loire, um número tão grande de castelos e ainda mais difícil encontrá-los com tanto luxo quanto os da Borgonha.
A Borgonha é a última trincheira do velho continente contra o avanço dos vinhos do dito Novo Mundo, o bunker mais bem guarnecido, impenetrável em seu estilo, imbatível em sua elegância. A Pinot Noir é sua arma secreta, a tropa de elite, cuja viticultura foi aperfeiçoada ao longo dos séculos por monges de várias ordens. Enquanto a bordalesa Cabernet Sauvignon e a Syrah, a grande uva do Vallée du Rhône, foram emuladas com sucesso em várias partes do mundo, a expressão borgonhesa da Pinot Noir continua inimitável, apesar dos avanços conseguidos por neozelandeses e americanos no estado do Oregon.
Existem algumas discussões que talvez nunca cheguem ao final. Quem produz os melhores vinhos: os franceses ou os italianos ? Entre argentinos e chilenos ? O que é melhor: um vinho da Borgonha ou um de Bordeaux ? Uma boa solução, encontrada por um francês borguinhão, foi aceitar que Bordeaux produzia os melhores vinhos, mas a Borgonha tinha as melhores garrafas …
Mesmo o mais bem intencionado amante de vinhos franceses irá admitir que os vinhos da Borgonha estão entre os mais caros do mundo, com uma qualidade que varia de forma extraordinária, e que são geralmente difíceis de se encontrar. Por que então são tão amados ? Apesar de alguns qualificarem este amor como masoquista, a Borgonha produz, sem dúvida, de forma majestosa e gloriosa, os melhores vinhos das castas Pinot Noir e Chardonnay, o que por si só já merece aplauso e a busca por degustá-los.
Aliás, na Borgonha, que produz 3% de todo o vinho francês, correspondente a 22 milhões de caixas, dois terços do vinho produzido é branco e um terço constituído por tintos famosos. Os rosés são produzidos em quantidade insignificante. Não importa quanto se disponha de tempo e recursos, não há modelos estabelecidos para os seus vinhos. Mesmo vinhedos próximos podem produzir vinhos completamente diferentes, apesar de os tintos tenderem a ser frutados, mais redondos e geralmente complexos. Alguns podem ser mais encorpados, alguns mais “aguados”, mas com certeza todos eles extremamente interessantes e instigantes.
Pode-se buscar degustar quantos vinhos se queira e, ainda assim, a miríade de vinhos e vinhedos borguinhões continuará mantendo seu mistério. Localizada no leste da França, entre Paris e Lyon, a Borgonha é um grande mosaico de pequenos vinhedos. São 10 mil hectares de parras, com altitudes entre 180 m e 500 metros, clima continental e solos argilo-calcários, onde quase 10 mil viticultores produzem, ao ano, 120 milhões de litros do nobre fermentado. Administrativamente a Borgonha compreende quatro departamentos (ou províncias), extendendo-se por uma distância de 300 Km de norte a sul, abrigando um complexo e heterogêneo conjunto de vinhedos divididos em seis regiões:
– Chablis / Auxerrois, situada no Departamento de Yonne, onde reinam os excepcionais brancos de Chardonnay;
– Côte-de-Nuits e Côte-de-Beaune, situadas no Departamento da Côte D’Or, área dos maravilhosos tintos da Pinot Noir e também dos vinhos brancos Chardonnay;
– Côte Chalonnaise e Mâconnais, situadas no Departamento do Saône et Loire, a primeira formada pelas vilas de Bouzeron, Rully, Mercurey, Givry, Buxy e Montagny;
– Beaujolais, situada no departamento de Rhône-Alpes, com os famosos vinhos tintos alegres, leves e frutados da cepa Gamay.
A Borgonha administrativa não coincide realmente com a Borgonha vinícola. Por exemplo, Beaujolais pertence administrativamente à província do Rhône-Alpes, cuja capital é Lyon, mas que, entretanto, se incorpora à Borgonha por razões históricas e gastronômicas.
A regra dominante na Borgonha é que os vinhos tintos são produzidos com a uva Pinot Noir (exceto Beaujolais, produzido a partir da Gamay) e os vinhos brancos são produzidos com Chardonnay.
Conhecer os nomes dos melhores produtores e dos principais negociantes de vinhos da Borgonha é fundamental para não se cometerem erros. O pior deles será o de comprar vinhos selecionando-os pelas appellations de Grand Cru e Premier Cru, sem verificar quem o produziu, pois nem sempre elas garantem a qualidade do vinho por si só.
Fonte: Vinotícias
Márcio Oliveira – Orientador de Confrarias de Vinho. Professor de Gastronomia, Vinhos e Harmonização. Master em Vin de Provence.
[:en]“ AS BRUMAS DA BORGONHA “
Considerada o coração da França, a Borgonha pode ser traduzida pela sua cozinha e vinhos, além de um passado de contos de fada com os Duques de Borgonha, da família dos Valois, que eram, em sua época, considerados mais importantes do que os Reis da França, de quem, aliás, eram banqueiros e credores.
As paisagens, a rota de vinhos, castelos e abadias nos fazem voltar à época de grandes banquetes reais, sempre regados de grandes vinhos, servindo caças e peixes. Difícil encontrar em outra região da França, a exceção do Vale do Loire, um número tão grande de castelos e ainda mais difícil encontrá-los com tanto luxo quanto os da Borgonha.
A Borgonha é a última trincheira do velho continente contra o avanço dos vinhos do dito Novo Mundo, o bunker mais bem guarnecido, impenetrável em seu estilo, imbatível em sua elegância. A Pinot Noir é sua arma secreta, a tropa de elite, cuja viticultura foi aperfeiçoada ao longo dos séculos por monges de várias ordens. Enquanto a bordalesa Cabernet Sauvignon e a Syrah, a grande uva do Vallée du Rhône, foram emuladas com sucesso em várias partes do mundo, a expressão borgonhesa da Pinot Noir continua inimitável, apesar dos avanços conseguidos por neozelandeses e americanos no estado do Oregon.
Existem algumas discussões que talvez nunca cheguem ao final. Quem produz os melhores vinhos: os franceses ou os italianos ? Entre argentinos e chilenos ? O que é melhor: um vinho da Borgonha ou um de Bordeaux ? Uma boa solução, encontrada por um francês borguinhão, foi aceitar que Bordeaux produzia os melhores vinhos, mas a Borgonha tinha as melhores garrafas …
Mesmo o mais bem intencionado amante de vinhos franceses irá admitir que os vinhos da Borgonha estão entre os mais caros do mundo, com uma qualidade que varia de forma extraordinária, e que são geralmente difíceis de se encontrar. Por que então são tão amados ? Apesar de alguns qualificarem este amor como masoquista, a Borgonha produz, sem dúvida, de forma majestosa e gloriosa, os melhores vinhos das castas Pinot Noir e Chardonnay, o que por si só já merece aplauso e a busca por degustá-los.
Aliás, na Borgonha, que produz 3% de todo o vinho francês, correspondente a 22 milhões de caixas, dois terços do vinho produzido é branco e um terço constituído por tintos famosos. Os rosés são produzidos em quantidade insignificante. Não importa quanto se disponha de tempo e recursos, não há modelos estabelecidos para os seus vinhos. Mesmo vinhedos próximos podem produzir vinhos completamente diferentes, apesar de os tintos tenderem a ser frutados, mais redondos e geralmente complexos. Alguns podem ser mais encorpados, alguns mais “aguados”, mas com certeza todos eles extremamente interessantes e instigantes.
Pode-se buscar degustar quantos vinhos se queira e, ainda assim, a miríade de vinhos e vinhedos borguinhões continuará mantendo seu mistério. Localizada no leste da França, entre Paris e Lyon, a Borgonha é um grande mosaico de pequenos vinhedos. São 10 mil hectares de parras, com altitudes entre 180 m e 500 metros, clima continental e solos argilo-calcários, onde quase 10 mil viticultores produzem, ao ano, 120 milhões de litros do nobre fermentado. Administrativamente a Borgonha compreende quatro departamentos (ou províncias), extendendo-se por uma distância de 300 Km de norte a sul, abrigando um complexo e heterogêneo conjunto de vinhedos divididos em seis regiões:
– Chablis / Auxerrois, situada no Departamento de Yonne, onde reinam os excepcionais brancos de Chardonnay;
– Côte-de-Nuits e Côte-de-Beaune, situadas no Departamento da Côte D’Or, área dos maravilhosos tintos da Pinot Noir e também dos vinhos brancos Chardonnay;
– Côte Chalonnaise e Mâconnais, situadas no Departamento do Saône et Loire, a primeira formada pelas vilas de Bouzeron, Rully, Mercurey, Givry, Buxy e Montagny;
– Beaujolais, situada no departamento de Rhône-Alpes, com os famosos vinhos tintos alegres, leves e frutados da cepa Gamay.
A Borgonha administrativa não coincide realmente com a Borgonha vinícola. Por exemplo, Beaujolais pertence administrativamente à província do Rhône-Alpes, cuja capital é Lyon, mas que, entretanto, se incorpora à Borgonha por razões históricas e gastronômicas.
A regra dominante na Borgonha é que os vinhos tintos são produzidos com a uva Pinot Noir (exceto Beaujolais, produzido a partir da Gamay) e os vinhos brancos são produzidos com Chardonnay.
Conhecer os nomes dos melhores produtores e dos principais negociantes de vinhos da Borgonha é fundamental para não se cometerem erros. O pior deles será o de comprar vinhos selecionando-os pelas appellations de Grand Cru e Premier Cru, sem verificar quem o produziu, pois nem sempre elas garantem a qualidade do vinho por si só.
Fonte: Vinotícias
Márcio Oliveira – Orientador de Confrarias de Vinho. Professor de Gastronomia, Vinhos e Harmonização. Master em Vin de Provence.
[:es]“ AS BRUMAS DA BORGONHA “
Considerada o coração da França, a Borgonha pode ser traduzida pela sua cozinha e vinhos, além de um passado de contos de fada com os Duques de Borgonha, da família dos Valois, que eram, em sua época, considerados mais importantes do que os Reis da França, de quem, aliás, eram banqueiros e credores.
As paisagens, a rota de vinhos, castelos e abadias nos fazem voltar à época de grandes banquetes reais, sempre regados de grandes vinhos, servindo caças e peixes. Difícil encontrar em outra região da França, a exceção do Vale do Loire, um número tão grande de castelos e ainda mais difícil encontrá-los com tanto luxo quanto os da Borgonha.
A Borgonha é a última trincheira do velho continente contra o avanço dos vinhos do dito Novo Mundo, o bunker mais bem guarnecido, impenetrável em seu estilo, imbatível em sua elegância. A Pinot Noir é sua arma secreta, a tropa de elite, cuja viticultura foi aperfeiçoada ao longo dos séculos por monges de várias ordens. Enquanto a bordalesa Cabernet Sauvignon e a Syrah, a grande uva do Vallée du Rhône, foram emuladas com sucesso em várias partes do mundo, a expressão borgonhesa da Pinot Noir continua inimitável, apesar dos avanços conseguidos por neozelandeses e americanos no estado do Oregon.
Existem algumas discussões que talvez nunca cheguem ao final. Quem produz os melhores vinhos: os franceses ou os italianos ? Entre argentinos e chilenos ? O que é melhor: um vinho da Borgonha ou um de Bordeaux ? Uma boa solução, encontrada por um francês borguinhão, foi aceitar que Bordeaux produzia os melhores vinhos, mas a Borgonha tinha as melhores garrafas …
Mesmo o mais bem intencionado amante de vinhos franceses irá admitir que os vinhos da Borgonha estão entre os mais caros do mundo, com uma qualidade que varia de forma extraordinária, e que são geralmente difíceis de se encontrar. Por que então são tão amados ? Apesar de alguns qualificarem este amor como masoquista, a Borgonha produz, sem dúvida, de forma majestosa e gloriosa, os melhores vinhos das castas Pinot Noir e Chardonnay, o que por si só já merece aplauso e a busca por degustá-los.
Aliás, na Borgonha, que produz 3% de todo o vinho francês, correspondente a 22 milhões de caixas, dois terços do vinho produzido é branco e um terço constituído por tintos famosos. Os rosés são produzidos em quantidade insignificante. Não importa quanto se disponha de tempo e recursos, não há modelos estabelecidos para os seus vinhos. Mesmo vinhedos próximos podem produzir vinhos completamente diferentes, apesar de os tintos tenderem a ser frutados, mais redondos e geralmente complexos. Alguns podem ser mais encorpados, alguns mais “aguados”, mas com certeza todos eles extremamente interessantes e instigantes.
Pode-se buscar degustar quantos vinhos se queira e, ainda assim, a miríade de vinhos e vinhedos borguinhões continuará mantendo seu mistério. Localizada no leste da França, entre Paris e Lyon, a Borgonha é um grande mosaico de pequenos vinhedos. São 10 mil hectares de parras, com altitudes entre 180 m e 500 metros, clima continental e solos argilo-calcários, onde quase 10 mil viticultores produzem, ao ano, 120 milhões de litros do nobre fermentado. Administrativamente a Borgonha compreende quatro departamentos (ou províncias), extendendo-se por uma distância de 300 Km de norte a sul, abrigando um complexo e heterogêneo conjunto de vinhedos divididos em seis regiões:
– Chablis / Auxerrois, situada no Departamento de Yonne, onde reinam os excepcionais brancos de Chardonnay;
– Côte-de-Nuits e Côte-de-Beaune, situadas no Departamento da Côte D’Or, área dos maravilhosos tintos da Pinot Noir e também dos vinhos brancos Chardonnay;
– Côte Chalonnaise e Mâconnais, situadas no Departamento do Saône et Loire, a primeira formada pelas vilas de Bouzeron, Rully, Mercurey, Givry, Buxy e Montagny;
– Beaujolais, situada no departamento de Rhône-Alpes, com os famosos vinhos tintos alegres, leves e frutados da cepa Gamay.
A Borgonha administrativa não coincide realmente com a Borgonha vinícola. Por exemplo, Beaujolais pertence administrativamente à província do Rhône-Alpes, cuja capital é Lyon, mas que, entretanto, se incorpora à Borgonha por razões históricas e gastronômicas.
A regra dominante na Borgonha é que os vinhos tintos são produzidos com a uva Pinot Noir (exceto Beaujolais, produzido a partir da Gamay) e os vinhos brancos são produzidos com Chardonnay.
Conhecer os nomes dos melhores produtores e dos principais negociantes de vinhos da Borgonha é fundamental para não se cometerem erros. O pior deles será o de comprar vinhos selecionando-os pelas appellations de Grand Cru e Premier Cru, sem verificar quem o produziu, pois nem sempre elas garantem a qualidade do vinho por si só.
Fonte: Vinotícias
Márcio Oliveira – Orientador de Confrarias de Vinho. Professor de Gastronomia, Vinhos e Harmonização. Master em Vin de Provence.
[:it]“ AS BRUMAS DA BORGONHA “
Considerada o coração da França, a Borgonha pode ser traduzida pela sua cozinha e vinhos, além de um passado de contos de fada com os Duques de Borgonha, da família dos Valois, que eram, em sua época, considerados mais importantes do que os Reis da França, de quem, aliás, eram banqueiros e credores.
As paisagens, a rota de vinhos, castelos e abadias nos fazem voltar à época de grandes banquetes reais, sempre regados de grandes vinhos, servindo caças e peixes. Difícil encontrar em outra região da França, a exceção do Vale do Loire, um número tão grande de castelos e ainda mais difícil encontrá-los com tanto luxo quanto os da Borgonha.
A Borgonha é a última trincheira do velho continente contra o avanço dos vinhos do dito Novo Mundo, o bunker mais bem guarnecido, impenetrável em seu estilo, imbatível em sua elegância. A Pinot Noir é sua arma secreta, a tropa de elite, cuja viticultura foi aperfeiçoada ao longo dos séculos por monges de várias ordens. Enquanto a bordalesa Cabernet Sauvignon e a Syrah, a grande uva do Vallée du Rhône, foram emuladas com sucesso em várias partes do mundo, a expressão borgonhesa da Pinot Noir continua inimitável, apesar dos avanços conseguidos por neozelandeses e americanos no estado do Oregon.
Existem algumas discussões que talvez nunca cheguem ao final. Quem produz os melhores vinhos: os franceses ou os italianos ? Entre argentinos e chilenos ? O que é melhor: um vinho da Borgonha ou um de Bordeaux ? Uma boa solução, encontrada por um francês borguinhão, foi aceitar que Bordeaux produzia os melhores vinhos, mas a Borgonha tinha as melhores garrafas …
Mesmo o mais bem intencionado amante de vinhos franceses irá admitir que os vinhos da Borgonha estão entre os mais caros do mundo, com uma qualidade que varia de forma extraordinária, e que são geralmente difíceis de se encontrar. Por que então são tão amados ? Apesar de alguns qualificarem este amor como masoquista, a Borgonha produz, sem dúvida, de forma majestosa e gloriosa, os melhores vinhos das castas Pinot Noir e Chardonnay, o que por si só já merece aplauso e a busca por degustá-los.
Aliás, na Borgonha, que produz 3% de todo o vinho francês, correspondente a 22 milhões de caixas, dois terços do vinho produzido é branco e um terço constituído por tintos famosos. Os rosés são produzidos em quantidade insignificante. Não importa quanto se disponha de tempo e recursos, não há modelos estabelecidos para os seus vinhos. Mesmo vinhedos próximos podem produzir vinhos completamente diferentes, apesar de os tintos tenderem a ser frutados, mais redondos e geralmente complexos. Alguns podem ser mais encorpados, alguns mais “aguados”, mas com certeza todos eles extremamente interessantes e instigantes.
Pode-se buscar degustar quantos vinhos se queira e, ainda assim, a miríade de vinhos e vinhedos borguinhões continuará mantendo seu mistério. Localizada no leste da França, entre Paris e Lyon, a Borgonha é um grande mosaico de pequenos vinhedos. São 10 mil hectares de parras, com altitudes entre 180 m e 500 metros, clima continental e solos argilo-calcários, onde quase 10 mil viticultores produzem, ao ano, 120 milhões de litros do nobre fermentado. Administrativamente a Borgonha compreende quatro departamentos (ou províncias), extendendo-se por uma distância de 300 Km de norte a sul, abrigando um complexo e heterogêneo conjunto de vinhedos divididos em seis regiões:
– Chablis / Auxerrois, situada no Departamento de Yonne, onde reinam os excepcionais brancos de Chardonnay;
– Côte-de-Nuits e Côte-de-Beaune, situadas no Departamento da Côte D’Or, área dos maravilhosos tintos da Pinot Noir e também dos vinhos brancos Chardonnay;
– Côte Chalonnaise e Mâconnais, situadas no Departamento do Saône et Loire, a primeira formada pelas vilas de Bouzeron, Rully, Mercurey, Givry, Buxy e Montagny;
– Beaujolais, situada no departamento de Rhône-Alpes, com os famosos vinhos tintos alegres, leves e frutados da cepa Gamay.
A Borgonha administrativa não coincide realmente com a Borgonha vinícola. Por exemplo, Beaujolais pertence administrativamente à província do Rhône-Alpes, cuja capital é Lyon, mas que, entretanto, se incorpora à Borgonha por razões históricas e gastronômicas.
A regra dominante na Borgonha é que os vinhos tintos são produzidos com a uva Pinot Noir (exceto Beaujolais, produzido a partir da Gamay) e os vinhos brancos são produzidos com Chardonnay.
Conhecer os nomes dos melhores produtores e dos principais negociantes de vinhos da Borgonha é fundamental para não se cometerem erros. O pior deles será o de comprar vinhos selecionando-os pelas appellations de Grand Cru e Premier Cru, sem verificar quem o produziu, pois nem sempre elas garantem a qualidade do vinho por si só.
Fonte: Vinotícias
Márcio Oliveira – Orientador de Confrarias de Vinho. Professor de Gastronomia, Vinhos e Harmonização. Master em Vin de Provence.
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