Segundo o Acnur, há 3,4 milhões de refugiados venezuelanos no mundo, sendo que apenas 1,4 milhão está em situação regularizada
Notícias ao Minuto Brasil
Em sua primeira viagem ao Brasil, Eduardo Stein, representante especial do Acnur para refugiados e migrantes da Venezuela, afirmou que os países da região precisam se preparar para abrigar os venezuelanos por muito tempo, porque, mesmo depois que a crise no país for resolvida, ainda levará de dois a três anos para que essas pessoas comecem a retornar para suas casas.
“Mesmo após resolvida a crise na Venezuela, essas pessoas só vão retornar quando houver garantias de que acharão empregos e terão segurança, pode levar de dois a três anos para começarem a voltar”, disse Stein à reportagem.”Precisamos estar preparados para o médio e longo prazo.”
Além disso, muitos podem criar raízes e simplesmente não voltar mais para a Venezuela, afirmou.
Segundo Stein, que é representante conjunto do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o programa de acolhimento de venezuelanos no Brasil é um exemplo para a região.
De acordo com ele, a federalização dos serviços de atendimento aos refugiados e apoio à população de Roraima, além dos esforços do governo brasileiro para inserir os venezuelanos no mercado de trabalho, são muito bem-sucedidos.
“Os brasileiros desenvolveram um dos mecanismos mais completos e sofisticados de acolhimento de venezuelanos”, disse, fazendo a ressalva de que o número de refugiados no Brasil é baixo, na comparação com outros países da região.
Segundo o Acnur, há 3,4 milhões de refugiados venezuelanos no mundo, sendo que apenas 1,4 milhão está em situação regularizada.
A Colômbia é o país com maior número de venezuelanos, 1,1 milhão, seguida de Peru, com 506 mil; Chile, com 288 mil; Equador, com 221 mil; Argentina, com 130 mil, e Brasil, com 96 mil.