Em cerimônia na ONU, país árabe recebeu o comando rotativo do bloco que reúne países em desenvolvimento e que promove seus interesses econômicos comuns.
Da Redação
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São Paulo – A Palestina assumiu nesta terça-feira (15) a presidência rotativa do G77+China, em cerimônia realizada na sede das Nações Unidas, em Nova York. Criado em 1964 na primeira Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), o G77 é um grupo que reúne países em desenvolvimento e tem por objetivos articular e promover os interesses econômicos comuns destas nações.
“Nós asseguramos que o Estado da Palestina, representando o G77 e a China em todos os temas relevantes à agenda do grupo, seguirá no caminho pavimentado pelas presidências anteriores e vai se esforçar para levar adiante o legado e as tradições do bloco nos desafios que se apresentam para o progresso e a prosperidade de nossos povos e países”, disse o presidente da Palestina, Mahamoud Abbas, na cerimônia, segundo informações da agência de notícias palestina Wafa.
Hoje o G77 tem 134 países membros, incluindo o Brasil e todas as 22 nações árabes, mas manteve em seu nome o número original de integrantes.“Vamos dedicar nossos esforços para proteger os interesses do grupo em todos os seus componentes geográficos, guiados pelo princípio de unidade na diversidade, incluindo a África, e com a necessária atenção aos países menos desenvolvidos, pequenos Estados insulares em desenvolvimento, países de renda média e povos que vivem sob ocupação colonial ou estrangeira, para garantir que ninguém seja deixado para trás”, declarou Abbas.
Ele acrescentou, segundo a Wafa, que a paz no Oriente Médio vai aumentar significativamente o desenvolvimento estável e sustentável, e que a ocupação israelense da Palestina mina o desenvolvimento da região. “Infelizmente, a contínua colonização e ocupação do Estado da Palestina por Israel mina nosso desenvolvimento e nossa capacidade de cooperação e coordenação, e obstrui o desenvolvimento coeso futuro para todos os povos da região”, destacou o presidente palestino.
Abbas reafirmou o comprometimento da Palestina com o direito internacional e com “uma solução pacífica que encerre a ocupação e permita a independência do Estado da Palestina, com Jerusalém Oriental como sua capital, lado a lado, em paz e em segurança com o Estado de Israel, com base nas fronteiras de 1967, e com uma solução para todos os temas de status final, incluindo o drama de nossos refugiados e prisioneiros, de acordo com as resoluções internacionais relevantes”. Em 1967 ocorreu a chamada Guerra dos Seis Dias, quando Israel ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.