A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e as Forças Armadas abriram mais um abrigo público em Boa Vista, capital de Roraima, com capacidade para cerca de mil pessoas
ONU Brasil
Para aprimorar o ordenamento do fluxo de solicitantes de refúgio e migrantes venezuelanos que chegam ao norte do Brasil e melhorar a resposta aos grupos mais vulneráveis, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e as Forças Armadas abriram ontem mais um abrigo público em Boa Vista, capital de Roraima.
Com capacidade para cerca de mil pessoas, o abrigo Rondon 3 é o 13º em operação no estado. Foram acolhidas inicialmente 200 pessoas de perfil vulnerável que estavam na cidade fronteiriça de Pacaraima, já devidamente registradas e documentadas.
A abertura do novo abrigo contou com o apoio da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI) e da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), organizações parceiras do ACNUR em Roraima.
“Estamos sendo muito bem tratados desde que chegamos em Pacaraima, há duas semanas. Não foi fácil deixar nosso país, mas queremos um futuro melhor”, disse o soldador Carlos Brito*, que chegou ao abrigo com sua esposa e duas filhas. “Agora precisamos de trabalho para avançar”, completa Ariana*, sua esposa, que trabalhava como enfermeira.
Com a nova instalação, a população venezuelana (indígena e não indígena) abrigada em Roraima já soma cerca de 5,5 mil pessoas. O novo abrigo será ocupado gradualmente, reduzindo o número de pessoas atualmente nas ruas da capital roraimense.
*Nomes trocados por questões de segurança.