Milhares de pessoas se manifestaram nesta terça-feira (9) em várias cidades francesas. A reforma da aposentadoria é um dos temas mais contestados pelos manifestantes.
Por RFI
Milhares de pessoas se manifestaram nesta terça-feira (9) em várias cidades francesas. Aposentados, estudantes e funcionários públicos se mobilizaram para protestar contra a política social do presidente Emmanuel Macron. A reforma da aposentadoria é um dos temas mais contestados pelos manifestantes.
Segundo o sindicato CGT, cerca de 300 mil pessoas saíram às ruas em todo o país no que considerou como uma “mobilização bem-sucedida”. Já o ministério do Interior francês apontou outros números, e afirmou que 160 mil pessoas desfilaram.
Aos gritos de “não estamos reclamando, e sim nos revoltando !”, cerca de 50 mil pessoas de acordo com os sindicatos – pouco mais de 11 mil segundo a polícia – participaram da passeada em Paris. Os manifestantes criticaram o pacote de reformas que está sendo preparado pelo governo, que deve atingir os aposentados, mas também o sistema de seguro-desemprego.
A manifestação acontece um dia antes do alto-comissário encarregado da reforma, Jean-Paul Delevoye, apresentar diante dos sindicatos as primeiras orientações do novo regime de aposentadoria, um dos temas mais delicados entre as mudanças previstas por Macron.
Especialistas temem que as medidas resultem em um aumento da idade mínima para se aposentar ou em uma diminuição do valor do benefício para aqueles que pararem de trabalhar mais cedo.
Desde a reforma de 2010, a idade mínima de aposentadoria na França é de 62 anos. Mas as pessoas nascidas antes de 1951 podem parar de trabalhar aos 60 anos. No entanto, para receberem um benefício pleno, todos têm que permanecer ativos até 65 anos.