Talibã já havia negado qualquer envolvimento no atentado
Notícias ao Minuto Brasil
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira (16) o atentado suicida contra uma escola de Cabul, no Afeganistão, que deixou pelos menos 48 estudantes mortos e outros 68 feridos.
A organização afirmou que o autor do ataque foi o “irmão em procura de martírio Abdul Raouf al-Khorasani”. Segundo o EI, mais de 200 estudantes foram mortos ou ficaram feridos durante o episódio. A maioria das vítimas tinha 18 anos e estava se preparando para o vestibular, já que a escola funcionava como treinamento para exames admissionais em universidades.
Já nesta quinta-feira (16), outro atentado foi cometido em Cabul, no centro de treinamento militar da inteligência afegã. Um grupo de homens armados teria atacado o local, mas, até o momento, não se tem mais informações ou notícias de vítimas.
Além disso, na província afegã de Kandahar, quatro policiais morreram e outros quatro estão gravemente feridos após a explosão de uma autobomba que tentavam desativar. A porta-voz da polícia provincial, Zia Durrani, afirmou que esse atentado ainda não foi reivindicado.
Anistia Internacional: A orgazanição humanitária Anistia Internacional afirmou em nota que o ataque à escola constitui um “crime de guerra”. “Mirar deliberadamente civis e lugares propostos para a educação é um crime de guerra”, escreveu Samira Hamidi, representante da organização no sul da Ásia.
“A tragédia se agravou já que o ataque parece ter sido motivado pelo ódio sectário, atingindo membros da minoria religiosa xiita”. A Anistia lembrou também que o Afeganistão atingiu níveis recordes de violência neste ano, com 1.692 mortos nos primeiros seis meses de 2018.