O presidente dos EUA defendeu a nova política migratória da Itália
Notícias ao Minuto Brasil
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, chegou à Casa Branca para sua reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o recebeu com um caloroso aperto de mãos.
Trump, afirmou nesta segunda-feira (30), durante pronunciamento conjunto, que a Itália está “cansado” da imigração ilegal. Antes do início da conversa a portas fechadas no Salão Oval, o republicano disse que o premier está fazendo um “grande trabalho” e defendeu a nova postura do país na questão migratória.
“Apoio o que você está fazendo na imigração, ilegal e legal”, disse Trump, comentando a política de Roma de fechar as portas para pessoas resgatadas no Mediterrâneo, com o objetivo de forçar os outros países da União Europeia a também recebê-las.
Essa é a primeira visita oficial de Conte aos EUA, em meio às tensões políticas e econômicas entre Washington e a União Europeia. O premier desembarcou na capital norte-americana no fim da tarde do último domingo (29) e dará uma coletiva de imprensa com Trump às 14h (15h em Brasília) desta segunda.
De acordo com fontes do governo italiano, o objetivo de Conte é servir de “facilitador’ para as relações entre Washington e Bruxelas, após o presidente dos EUA ter falado abertamente que a UE era uma “inimiga” de seu país.
Além disso, EUA e UE acenam com uma guerra comercial, cenário que perdeu força, ao menos por enquanto, depois de uma reunião entre Trump e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que prometeram um acordo para zerar barreiras comerciais.
O primeiro-ministro pretende obter do republicano a garantia de que eventuais novas tarifas não atinjam empresas italianas, especialmente do setor agroalimentar.
Conte também quer conseguir o apoio da Casa Branca para a conferência sobre a Líbia que a Itália pretende realizar, como uma medida para combater a crise migratória. O fluxo no Mediterrâneo Central aumentou após o esfacelamento do país africano, que vive dividido entre facções desde a queda de Muammar Kadafi, em 2011, com apoio dos EUA.