Philip Wilson, ex-arcebispo de Adelaide, foi condenado por acobertar casos de pedofilia na década de 1970
ANSA
O papa Francisco aceitou nesta segunda-feira (30) a renúncia do arcebispo de Adelaide, na Austrália, Philip Edward Wilson, condenado em julho passado a 12 meses de prisão por ter acobertado casos de pedofilia na Igreja Católica.
A notícia foi comunicada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, após o Pontífice ter sido pressionado pelo primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, e até pelo Conselho Nacional de Padres do país a afastar Wilson.
O agora ex-arcebispo de Adelaide, 67 anos, é o mais alto prelado da Igreja Católica a ser condenado por crimes ligados a pedofilia. Ele foi sentenciado em primeira instância por ter acobertado abusos sexuais contra quatro menores de idade cometidos pelo padre James Fletcher nos anos 1970.
O sacerdote foi condenado em dezembro de 2004, mas morreu na cadeia, 13 meses depois. A Justiça da Austrália deve definir em agosto se Wilson cumprirá a pena em uma penitenciária ou em regime de prisão domiciliar. Ele chegou a dizer que não renunciaria ao cargo
No último sábado (28), o Papa já havia afastado um cardeal, Theodore McCarrick, arcebispo de Washington (EUA), que é acusado de ter violentado um menor de idade 45 anos atrás. Além disso, outro cardeal, o australiano George Pell, terceiro na hierarquia do Vaticano, é réu por abusos supostamente cometidos nas décadas de 1970 e 1990.