Número de fatalidades na região atingiu maior índice em 18 meses
ANSA
O Papa Francisco fez neste domingo (22) um novo apelo para a comunidade internacional agir contra as recorrentes mortes de refugiados e migrantes forçados no Mediterrâneo, que atingiram em junho o número mensal mais alto desde novembro de 2016.
“Caros irmãos e irmãs, chegaram nas últimas semanas dramáticas notícias de náufragos de barcos carregados de migrantes nas águas do Mediterrâneo. Exprimo minha dor frente a tais tragédias e asseguro para os desaparecidos e suas famílias minha lembrança e minha oração”, declarou.
Em seguida, Francisco se dirigiu à comunidade internacional, a quem pediu que aja com “decisão e prontidão” para evitar que “tais tragédias se repitam e para garantir a segurança, o respeito dos direitos e a dignidade de todos”.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 629 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo em junho passado, o maior número desde novembro de 2016, quando foram registradas 718 fatalidades.
Ainda assim, no acumulado do ano a quantidade de mortes no Mediterrâneo tem queda de 37,4% em relação ao mesmo período de 2017 (1.490 contra 2.382). Em 2018, 74,3% das mortes e desaparecimentos na região aconteceram no Mediterrâneo Central, entre as costas de Líbia e Tunísia e da Itália.