ONU Brasil
Em 2017, nove em cada dez crianças de todo o mundo receberam pelo menos uma dose da vacina contra a difteria, tétano e coqueluche. O número foi divulgado nesta semana (16) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que identificaram um recorde de vacinações entre meninos e meninas — 123 milhões de jovens foram imunizados contra essas doenças em todo o planeta, no ano passado.
As agências da ONU revelaram ainda que 4,6 milhões a mais de crianças, na comparação com 2010, completaram as três doses da vacina. Apesar dos avanços, 20 milhões de jovens não estão protegidos contra a diferia, tétano e coqueluche, pois não concluíram a vacinação em 2017. Desse grupo, 8 milhões vivem em contextos humanitários delicados, incluindo países em situação de conflito. Outra parte importante vem de nações de renda média, onde a desigualdade e a pobreza dificultam o acesso à imunização.
As instituições divulgaram também que 162 países passaram a utilizar vacinas contra a rubéola, aumentando a cobertura global da vacinação contra a doença, de 35% em 2010 para 52% em 2017. A imunização contra o HPV foi introduzida em 80 nações, para ajudar a prevenir o câncer de colo de útero. Sessenta e sete países incluíram uma segunda dose da vacina contra o sarampo em seus calendários regulares.
Na avaliação do UNICEF e da OMS, os Estados precisam aumentar seus investimentos em programas de imunização, sobretudo com o crescimento populacional. As organizações estimam que 45 milhões de crianças precisam tomar a segunda dose da vacina contra o sarampo, e 76 milhões ainda não foram vacinadas com as três doses da vacina pneumocócica conjugada.