Medidas atingem pessoas ligadas a força de elite do país persa
governo de Donald Trump impôs novas sanções contra o Irã, desta vez atingindo seis indivíduos ligados à Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do país persa. As medidas, anunciadas pelo Departamento do Tesouro nesta quinta-feira (10), também têm como alvos três entes iranianos acusados de apoio ao terrorismo. As sanções chegam apenas dois dias depois de Trump ter anunciado a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã e a reintrodução de bloqueios econômicos.
Israel, aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, acusa a Força Quds de ter lançado cerca de 20 mísseis contra as Colinas de Golã, território antes pertencente à Síria e ocupado pelo país judeu desde 1967. O Exército israelense reagiu e fez sua “maior operação aérea nos últimos anos”, atingindo dezenas de alvos militares do Irã na Síria. “O Irã ultrapassou uma linha vermelha, e a reação foi adequada”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Israel vê com preocupação o crescente ativismo político e militar de Teerã no Oriente Médio, em especial na vizinha Síria, onde o país persa contribuiu decisivamente para a vitória de Bashar al Assad na guerra. Com sua crescente influência em Damasco, o Irã pode criar um corredor passando por Iraque e Síria e chegando ao Líbano, onde possui laços estreitos com o grupo xiita Hezbollah. Tanto a milícia quanto Teerã não reconhecem o Estado de Israel. Com informações da ANSA.