[:pb]Acontece nessa quinta-feira (02), a segunda aula da dança na embaixada argentina que contratou dois professores craques no ritmo. Mais de 200 convidados participaram das instruções para darem os primeiros passos no tango. O casal de dançarinos Juliano Andrade e Paula Emerick, semi-finalista no Campeonato Mundial de Tango dançam juntos há seis anos. Juliano tem 20 anos de dança e Paula nove anos.
As aulas do ciclo “Noites de Tango na Embaixada” acontecem das 18h30 às 21h30, na sede da Embaixada da Argentina que fica no SES Av. das Nações Quadra 803, Lote 12. A agenda das próximas aulas é 10 de junho; 15 de julho, 22 de julho e 04 de agosto. Para participar é preciso confirmar a presença pelo telefone 3212-7600.
História – De acordo com recentes pesquisas, no final do século XIX, só a capital Buenos Aires contava com mais de 200 casas de prostituição. A procura pelas prostitutas era tão grande que os homens faziam fila à espera de fácil prazer sexual. Foi quando, a grande circulação de pessoas nas casas de prostituição argentinas deu espaço para a encenação de números musicais enquanto os clientes esperavam a sua vez. Nesse instante, apareciam grupos que intercambiavam suas distintas experiências musicais. A polca européia, a havaneira cubana, o candombe uruguaio e a milonga espanhola firmaram o nascimento do tango argentino.
Em seus primeiros anos, o tango era formado por um trio musical executante de ritmos mais acelerados e os passos de dança tinham muita sensualidade. Só mais tarde que os tangos começaram a ganhar suas primeiras letras. Fazendo jus ao seu local de origem, as primeiras letras descreviam situações libidinosas sobre os prostíbulos e as meretrizes. Por isso, durante algum tempo, o tango era sinônimo de imoralidade. As pessoas de “boa índole” tinham verdadeira aversão à prática desse tipo de música dançante. No entanto, os imigrantes que voltavam para Europa tinham popularizado o estilo, principalmente na cidade de Paris.
A melodia do tango vinha de flauta, violino e violão, sendo que a flauta foi posteriormente substituída pelo “bandoneón” (espécie de sanfona). Os imigrantes acrescentaram ainda todo o seu ar nostálgico e melancólico e desse modo o tango foi se desenvolvendo e adquirindo um sabor único.
Gardel – Carlos Gardel foi o inventor do tango-canção. Falecido em 1935 aos 45 anos de um acidente aéreo, ele foi o grande divulgador do tango no exterior. Nos anos 60, porém, o gênero foi ignorado fora da Argentina. Ressurgiu renovado por Astor Piazzolla, quem lhe deu uma nova perspectiva, rompendo com os esquemas do tango clássico.
Hoje em dia o tango vive, não como o fenômeno de massas que o engendrou, mas sem nenhuma dúvida como elemento identificatório da alma portenha e em permanentes evocações espalhadas por todo Buenos Aires.
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