O Produto Interno Bruto do Brasil teve o maior avanço desde 2021. Os crescimentos da indústria, da construção e do consumo das famílias foram alguns dos impulsores. Com a menor taxa de desemprego da história, brasileiros gastaram mais.
A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões. Em 2023, a alta do PIB foi de 3,2%, em 2022 de 3% e em 2021 de 4,8%. Em 2021, a base de comparação era fraca, já que em 2020, início da pandemia de Covid-19, a economia encolheu 3,3%.
No ano passado, os setores de serviços e indústria empurraram o PIB para cima, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, na comparação com 2023. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 3,2%.
Dentro da indústria, o destaque foi a construção, com alta de 4,3%. O recuo da agropecuária foi motivado, entre outros motivos, por efeitos climáticos diversos, que impactaram várias culturas importantes da lavoura brasileira, tendo como destaque a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
Produção e consumo
O PIB pode ser calculado pela ótica da produção ou do consumo. No consumo, o destaque foi o gasto das famílias, que se expandiu 4,8%. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a explicação está ligada à disponibilidade de renda para a população. “Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, analisa.
O Brasil terminou 2024 com taxa de desemprego de 6,6%, a menor já registrada na história do País. O PIB per capita, que representa o PIB dividido pelo número de habitante, alcançou R$ 55.247,45. Houve um avanço de 3% no PIB per capita em 2024 ante 2023, já descontada a inflação.
Fonte: ANBA