Felipe Carreras – deputado federal (PSB-PE) e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Turismo
Os resultados expressivos do turismo, no ano passado, não são fruto do acaso. Eles refletem uma visão estratégica do governo federal, que tem investido em infraestrutura, promoção e qualificação profissional durante o governo do presidente Lula
O Brasil, com sua beleza natural exuberante, diversidade cultural incomparável e povo acolhedor, sempre teve um potencial turístico latente. O setor de viagens viveu, em 2024, um ano de importantes marcos. Uma das conquistas mais emblemáticas foi o recorde histórico na chegada de estrangeiros: 6,7 milhões — número superior, inclusive, ao registrado nos anos em que o país sediou a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Além do encantamento pelo país, os turistas deixaram, em solo brasileiro, US$ 7,3 bilhões, o maior montante já registrado.
Os resultados expressivos do turismo, no ano passado, não são fruto do acaso. Eles refletem uma visão estratégica do governo federal, que tem investido em infraestrutura, promoção e qualificação profissional durante o governo do presidente Lula. O Ministério do Turismo tem desempenhado um papel fundamental na coordenação das políticas públicas para desenvolver o setor, gerenciando as ações de promoção internacional, via Embratur, e ampliando iniciativas de estímulo ao turismo doméstico.
Nunca se viu na história um governo que atua de forma verdadeiramente integrada para fortalecer o turismo, a maior indústria geradora de empregos e renda do país. Ministérios estratégicos, como o dos Portos e Aeroportos, do Turismo, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além da Embratur, trabalham em conjunto para impulsionar o setor, promovendo avanços estruturais, investimentos e políticas públicas alinhadas para potencializar o crescimento do turismo brasileiro.
O impacto do turismo na criação de empregos também é evidente. Apenas em setembro de 2024, o setor foi responsável por mais de 21 mil vagas formais, consolidando-se como um dos principais motores do crescimento econômico do país. Mas esse número é apenas uma fração de uma trajetória vitoriosa. Desde o início de 2023, são mais de 400 mil postos de trabalho gerados diretamente pela atividade turística, representando uma recuperação robusta e um marco para milhões de brasileiros que veem no turismo uma porta de entrada para oportunidades reais.
Cada nova vaga representa uma história de superação e crescimento. São famílias que voltam a ter estabilidade financeira, jovens que encontram no setor uma carreira promissora e pequenas comunidades que florescem economicamente com a chegada dos turistas. Do recepcionista do hotel ao guia turístico, do artesão local ao piloto de avião, o turismo sustenta negócios e fortalece a economia regional. O setor é uma locomotiva de inclusão social, distribuindo riquezas e provocando impactos positivos em diversas camadas da sociedade.
Parte desse crescimento também se deve ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), um incentivo fiscal histórico criado pelo Congresso Nacional. O Perse teve grande influência nos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Trabalho, que apontam o turismo e os eventos como alguns dos setores que mais geraram empregos nos últimos dois anos. Com esse programa, milhares de empresas do setor puderam retomar suas atividades, garantindo a continuidade de postos de trabalho e impulsionando a recuperação econômica nacional.
O setor aéreo, essencial para o turismo, também apresentou avanços significativos. Em 2024, o Brasil alcançou a posição de quarto maior mercado de voos domésticos no mundo, representando 1,2% do total global, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata). A movimentação de passageiros em voos nacionais e internacionais cresceu consideravelmente, com 97,5 milhões de passageiros transportados entre janeiro e outubro de 2024. O governo federal também anunciou um apoio orçamentário de R$ 4 bilhões para ampliar a conectividade aérea e fortalecer aeroportos regionais, garantindo melhores condições para o crescimento do setor.
Com uma infraestrutura cada vez mais robusta, o turismo no Brasil pode se fortalecer ainda mais, especialmente em um ano em que o país sediará o mais importante evento sobre mudanças climáticas do mundo — a COP30 —, que colocará o Brasil em evidência, sobretudo a região Norte, estimulando o turismo local. Nesse cenário, vale destacar o potencial do segmento regenerativo, que foca na minimização do impacto socioambiental da atividade e oferece uma nova forma de vivenciar as experiências durante uma viagem ou passeio, beneficiando as pessoas e os lugares visitados.
Apesar do momento de ascensão, o potencial do turismo brasileiro está longe de ser esgotado. Com investimentos contínuos em infraestrutura, qualificação profissional, promoção, atração de novos negócios e aumento da conectividade doméstica e internacional, o setor pode se tornar um dos principais pilares do desenvolvimento econômico e social do país, gerando oportunidades para a nossa população. O Brasil está no caminho certo, transformando seu vasto potencial turístico em uma força real para a economia e para a sociedade.
Fonte: Correio Braziliense