Foram doados mais de R$ 8 milhões para a primeira recuperação estrutural da BCE
A Biblioteca Central (BCE) da Universidade de Brasília (UnB) vai passar por uma mega recuperação da integridade estrutural de sua edificação, cuja autoria é do arquiteto José Galbinski. A BCE é a única biblioteca universitária aberta 24 horas, que recebe mais de 3 mil pessoas por dia, e tem um acervo com mais de 1,5 milhão de itens. Na quinta-feira (8), o chefe do Departamento de Finanças da Embaixada dos Emirados Árabes, Saeed Alshehhi, esteve com a reitora Márcia Abrahão para celebrar o contrato de início das obras.
O valor de R$ 8.052.957,16 foi doado pelos Emirados Árabes Unidos. As tratativas para esse investimento na BCE iniciaram em 2018. O Conselho de Administração da UnB aprovou o repasse do recurso em 2021. Em 2023, a Universidade recebeu a visita da ministra de Cooperação Internacional, Reem Al Hashimy, e do embaixador dos Emirados Árabes Unidos no Brasil, Saleh Alsuwaidi.
“Finalmente conseguimos receber a doação, que é inédita. Aprovei em nosso Conselho Superior e agora vamos realizar esse sonho”, comemorou a reitora Márcia Abrahão. “A BCE é uma biblioteca que atende toda a nossa comunidade interna, mas também toda a sociedade do Distrito Federal. Somos a maior biblioteca pública da região. Temos um enorme carinho pela BCE e esperamos que a obra seja executada no menor tempo possível para que possamos seguir oferecendo um serviço de qualidade”, acrescentou.
Para o Chefe do Departamento de Finanças da Embaixada dos Emirados Árabes, Saeed Alshehhi, a doação fortalece a relação estratégica com o Brasil e é uma oportunidade de expandi-la para os campos da educação e da cultura. “Nós desejamos sucesso, estamos ansiosos para ver o resultado final da reforma e muito felizes de fazer parte deste grande momento.”
O diretor da BCE, Fernando Leite, também lembrou da colaboração feita pela Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em 2018, com a doação de uma máquina douração de livros, que faz inscrições na lombada dos livros restaurados. “Nós tínhamos laboratório, tínhamos técnicos especializados, mas faltava esse equipamento, que a Embaixada doou para nós em 2018 e que está em pleno uso e contribuindo para a preservação do conhecimento”, afirmou Fernando Leite.
A reforma vai recuperar a integridade da estrutura de concreto armado da Biblioteca Central, que tem uma área de 17.995,87m2 e, desde a inauguração, em 1973, nunca passou por reforma, apenas pequenas manutenções. Serão restauradas as fachadas e brises. A cobertura será recuperada e impermeabilizada.
O secretário de Infraestrutura, Augusto Dias, frisou que o trabalho será de grande valor e trará conforto não só para a comunidade da UnB, mas para toda a população do DF. “Não é somente uma obra, é a preservação de um patrimônio que gera um impacto relevante na sociedade e em nosso país.”
DESCONTO – Assim como outras licitações realizadas pela Universidade, esta foi feita pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Estimada em pouco mais de R$ 10 milhões, a contratação da empresa Jatobá Engenharia LTDA obteve desconto de 26,20%. O valor foi doado pelos Emirados Árabes Unidos, que em junho do ano passado assinou o Termo de Doação destinando os recursos para a reforma da Biblioteca Central.
SOBRE A BCE – Inaugurada em 1973, a Biblioteca Central dá apoio a toda a Universidade de Brasília e ao Distrito Federal. Dentre os mais de 20 serviços oferecidos pela Biblioteca estão empréstimo e consulta do acervo, restauração de obras, projetos de extensão, capacitação e reserva de cabines para estudo individual ou em grupo.
Aberta à toda comunidade do Distrito Federal, a BCE inaugurou em 2023 o Espaço Ler, com curadoria de livros disponíveis para empréstimo domiciliar do público externo e interno. O diretor da Biblioteca Central, Fernando Leite, ressaltou que o acervo e todo o conhecimento materializado são preciosos, mas que o serviço prestado ao público é o mais importante.
“A Biblioteca é um espaço de socialização, onde as pessoas vão não só para construir conhecimento, não apenas para cumprir com as atividades acadêmicas, mas para vivenciar e experimentar um ambiente de arte e de ação cultural, que é algo que promovemos com bastante intensidade”, disse, satisfeito.
Fonte: UnB Notícias.