Vice-presidente teria recebido US$16 milhões em propina
A procuradoria do Equador pediu nesta segunda-feira (2) a prisão preventiva do vice-presidente do país, Jorde Glas, investigado no escândalo de subornos pagos pela construtora brasileira Odebrecht.
O pedido foi realizado pelo procurador-geral do Equador, Carlos Baca. No entanto, para a prisão ser realizada é necessário que o juiz da Corte Nacional de Justiça (CNJ), Miguel Jurado, aprove a medida. A decisão deve ser pronunciada ainda hoje. Durante audiência em Quito, Baca solicitou a prisão “em vista dos novos elementos de convicção na investigação por associação ilícita” contra Glas, que desde agosto está impedido de deixar o país.
Glas foi afastado de suas funções pelo presidente Lenín Moreno, em meio à profunda divisão entre os governistas. Ele é acusado de ter recebido US$16 milhões em propina do ex-diretor da Odebrecht no Equador José Conceição Filho em troca de contratos de obras com o governo equatoriano.
O vice-presidente é o funcionário público do Equador do mais alto escalão sob investigação judicial devido ao caso Odebrecht.Além dele, o ex-controlador Carlos Pólit, dois ministros e vários altos funcionários públicos do governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) são investigados. Jorde Glas ocupou o cargo de vice-presidente entre 2013 e 2017, durante a administração de Correa, tendo ainda comandado dois ministérios no mesmo governo. Com informações da ANSA.