Comissão será liderada pelos ministros das Relações Exteriores e da Fazenda e terá vigência até 1º de dezembro de 2025
O Brasil passará a presidir o G20 a partir de 1º de dezembro deste ano até 30 de novembro do próximo ano. Para garantir a organização e coordenação dos encontros do grupo das 20 nações com maior Produto Interno Bruto (PIB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu, por meio de decreto publicado nesta quarta-feira (14/6) no Diário Oficial da União, a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20. A norma estabelece as diretrizes de governança para a participação brasileira na liderança do grupo.
A Comissão contará com representantes dos ministérios e do Banco Central e será liderada pelos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo é realizar consultas com órgãos e entidades federais, estaduais, distritais, municipais e a sociedade civil.
O decreto estipula que a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20 pelo Brasil e as coordenações da Trilha de Sherpas e da Trilha de Finanças para a presidência do G20 pelo Brasil serão extintas em 1º de dezembro de 2025. As despesas relacionadas à implementação do decreto serão arcadas pelos orçamentos dos órgãos e entidades envolvidos.
De acordo com o Google Trends, Lula é o quinto líder do G20 mais pesquisado. Entre 10 de maio e 8 de junho, o presidente brasileiro foi responsável por 8% das buscas sobre os chefes de Estado, ficando atrás somente de Recep Erdogan (Turquia), Joe Biden (EUA), Vladimir Putin (Rússia) e Narendra Modi (Índia). As demais nações do grupo são África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, França, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido e União Europeia.
Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado na quarta-feira (14/6) aponta que o PIB do G20 cresceu 0,9% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao trimestre anterior. O resultado é atribuído, principalmente, à reabertura da China, cuja economia expandiu 2,2% no primeiro trimestre, após um aumento de 0,6% no trimestre anterior.
A Índia também contribuiu significativamente, com um crescimento de 1,9% entre janeiro e março, após um aumento de 1% no último trimestre do ano passado. No Brasil, o PIB teve alta de 1,9% no primeiro trimestre, após uma queda de 0,1% no trimestre anterior.