A informação é da embaixadora Elizabeth Frawley Bagley em coletiva para fazer um balanço da visita do presidente Lula aos Estados Unidos, na semana passada.
A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil. Elizabeth Frawley Bagley, afirmou, nesta quarta-feira (15) que a Casa Branca definirá “nas próximas semanas” com o Congresso norte-americano o montante exato que o país irá doar para o Fundo Amazônia, juntamente com o presidente Joe Biden.
“Ficamos muito felizes de fazer parte [do Fundo]. A Casa Branca e o Congresso vão trabalhar juntos para estabelecer a quantidade exata, mas antecipamos que isso vai ocorrer nas próximas semanas. O presidente [Joe Biden] estava muito entusiasmado”, informou a embaixadora Bagley, ao ser questionada por jornalistas sobre a estimativa de valor.
De acordo com embaixadora americana “O presidente Biden concordou em fazer parcerias em todas essas prioridades e ressaltou sua intenção de trabalhar com o Congresso e trazer todo o empenho do governo dos Estados Unidos para realizar uma contribuição inicial significativa para o Fundo Amazônia e outras iniciativas importantes destinadas a enfrentar a crise climática”.
Bagley citou ainda que o encontro com Lula foi muito positivo, e que Biden vê no chefe do Executivo brasileiro “um forte aliado”. A embaixadora revelou que a reunião entre os dois líderes estava prevista inicialmente para durar 15 minutos, mas passou de uma hora. O encontro ampliado, que contou com ministros de ambos os países, teve a mesma duração. Entre os presentes estavam a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o secretário de Estado, Antony Blinken.
“[Os secretários presentes] Representam mais de um quarto do gabinete do governo norte-americano, mais um sinal da importância, da sinergia e da amplitude da parceria entre nossos países”, afirmou a embaixadora.
A embaixadora Bagley participou do encontrou em Washington e explicou que “os dois presidentes e suas equipes tiveram conversas produtivas sobre a importância de proteger o meio ambiente, democracia e direitos humanos, comércio e investimento e uma série de questões globais”.
“Um sinal claro da sinergia entre os presidentes. Eles têm visões muito corajosas das suas prioridades políticas e isso foi notável e demonstra uma indicação sem dúvidas das muitas questões importantes da nossa agenda bilateral”, pontuou a diplomata.
Além disso, o presidente Biden concordou em fazer parcerias e ressaltou sua intenção de trazer todo o empenho do governo dos Estados Unidos para realizar uma contribuição inicial significativa para o Fundo Amazônia e outras iniciativas importantes destinadas a enfrentar a crise climática, bem como mobilizar recursos adicionais do setor privado e instituições filantrópicas norte-americanas e internacionais. Esta foi a terceira vez que John Kerry e a ministra Marina Silva se encontraram.
Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o Fundo Amazônia ficou parado entre 2019 e 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao tomar posse em janeiro deste ano, o presidente Lula determinou a reativação do fundo. Diante da decisão de Lula, Noruega e Alemanha (principais doadores) anunciaram a retomada dos repasses. A União Europeia também já anunciou intenção de contribuir com o fundo.