O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, está deixando o cargo em março, após três anos. Em tuites, nesta sexta-feira (25), fez um breve balanço de sua atuação: “graças ao esforço conjunto de todos os setores das sociedades, as relações China-Brasil vêm amadurecendo e consolidando-se. Temos uma cooperação frutífera em vários campos, intercâmbio social mais intenso e uma concertação mais estreita em assuntos multilaterais.” O embaixador despediu-se formalmente hoje pela manhã do vice-presidente Hamilton Mourão e do ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Yang Wanming cita que a cooperação entre os dois países proporciona um sólido apoio ao desenvolvimento nacional e assume uma relevância global cada vez maior. Wanming afirmou que nos três anos em que esteve à frente da embaixada ter motivos para comemorar que as relações Brasil e China, duas potências emergentes, têm “uma cooperação frutífera em vários campos, intercâmbio social mais intenso e uma concertação mais estreita em assuntos multilaterais”.
Antes de atuar no Brasil, Wanming foi embaixador no Chile e na Argentina. Uma das figuras mais próximas dele, na política brasileira, é o governador de São Paulo, João Doria. Aproximação foi mais intensa a partir de 2020, quando o Instituto Butantan passou a fabricar a vacina Coronavac em parceria com a companhia chinesa Sinovac. Outra figura próxima é a ministra da agricultura, Teresa Cristina. A China é o principal comprador da soja brasileira.
Na sua trajetória como embaixador, o diplomata se envolveu em polêmicas com o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República e classificou o então presidente americano Donald Trump como o “grande humorista desavergonhado do mundo neste século.” Em pelo menos uma vez, ele recuou, Acabou desfazendo um retuite em que definia a família Bolsonaro como “o grande veneno desse país”.
Brasil e China são membros do bloco econômico BRICS e possuem fortes laços comerciais. Em 2021, a soma dos negócios de importação e exportação entre os países chegou a US$ 135 bilhões no ano, maior valor da história. Conforme o Ministério da Economia, as trocas comerciais bilaterais saltaram mais de 130% desde 2016, mantendo a China como maior parceiro comercial do Brasil.