Seminário apresentará as oportunidades de negócios com Sharjah, ponto estratégico no Oriente Médio.
Representantes da Saif Zone, zona franca do emirado de Sharjah, um dos sete que compõem os Emirados Árabes Unidos, estão no Brasil para rodadas de negócios com empresas brasileiras. A zona franca quer atrair organizações que considerem utilizar o espaço como base de exportações, aproveitando as facilidades logísticas, tributárias e alfandegárias oferecidas pelo governo emirático a empresas estrangeiras.
Com organização da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, uma rodada de negócios terá início, nesta segunda-feira, dia 12, com um seminário em São Paulo em que serão apresentados um perfil da Saif Zone, as facilidades oferecidas, os incentivos tributários, além de cases de empresas já instaladas na zona franca, entre as quais se incluem 20 brasileiras. A ideia é mostrar que a zona franca pode se tornar um hub de negócios do Oriente Médio.
Nos dias seguintes, até 16 de junho, os executivos da instalação terão reuniões com empresas dos segmentos de joias, gemas, metais preciosos, alimentos, bebidas, cosméticos, fármacos, produtos de higiene, vestuário, aviação e autopeças, para os quais a zona franca foi configurada. As empresas estão sendo identificadas em prospecções da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Também estão previstos encontros com representantes do Governo do Estado de São Paulo.
“A Saif Zone está no emirado que concentra 34% das indústrias do país, estrategicamente posicionada entre um porto e um aeroporto, a oito horas de voo dos grandes centros de consumo da Europa e da Ásia, num país com acordos de livre-comércio em vigor com os principais países desenvolvidos e em desenvolvimento do mundo, que na prática dão acesso sob tarifas favoráveis a dois bilhões de consumidores”, explica Leonardo Machado, analista sênior de negócios internacionais da Câmara Árabe-Brasileira. “As empresas além de terem preços mais acessíveis, lá podem ter 100 por cento de sua propriedade”, acrescenta.
Além de oferecer imposto de importação zero e outros incentivos tributários, a zona franca oferta serviços que vão de áreas de armazenagem a estruturas para instalação de linhas produtivas, escritórios conjugados com serviços de back office, incluindo assessoria legal para a constituição de subsidiárias e solicitação de vistos. Machado lembra que os árabes vêm cada vez mais tendo preocupação, entre outras, com a questão da segurança alimentar. “São vários os setores nos quais se pode agregar ainda mais valor à relação como é o do agro”, afirma.
Além das bebidas e alimentos, Machado destaca o setor de joias, de pedras, como prioritários. Lá existe um centro de beneficiamento para toda essa parte de gemas que é um grande atrativo para empresas deste setor”, explica.
A Saif Zone é uma das 46 zonas francas dos Emirados Árabes Unidos criadas para atrair investimento estrangeiro e diversificar a economia local aproveitando a vocação secular do país na intermediação de mercadorias, conhecida ao menos desde os tempos da Rota da Seda.
Em 2021, o país, pouco menor do que Pernambuco e com apenas 10 milhões de habitantes, exportou US$ 425,16 bilhões em mercadorias, receitas obtidas em grande parte com reexportação de mercadorias a partir das zonas francas. No mesmo ano, o Brasil vendeu US$ 280,81 bilhões, a título de comparação.
Serviço:
Seminário – Oportunidade de negócios com Sharjah, o hub industrial dos Emirados Árabes
Data: 12/6/2023, a partir das 9:30
Onde: Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
Endereço: Avenida Paulista 283/287, 11 andar.