Mais de 80 pessoas morreram em uma nova demonstração de violência e repressão do Exército de Mianmar neste sábado (10), enquanto o próprio embaixador do país pede uma “ação enérgica” da ONU contra a junta militar.
O embaixador de Mianmar na ONU, Kyaw Moe Tun, demitido pela Junta mas que permanece no cargo, pediu ao Conselho de Segurança da ONU para agir.
“Por favor, por favor, interfiram”, pediu o embaixador, que também pede uma “área de exclusão aérea” para contra-atacar as agressões do regime contra as minorias, sanções contra a junta e um embargo de armas.
Desde o golpe militar de 1º de fevereiro que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi, Mianmar está afetada por protestos diários nos quais morreram ao menos 618 civis, segundo a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP). A junta classifica as vítimas como “terroristas violentos” e contabilizou 248 mortos desde 1º de fevereiro, disse um porta-voz na sexta-feira.