O Vaticano orientou as dioceses que estejam em emergência sanitária pela covid-19 a manterem missas sem fiéis mesmo durante a Semana Santa e transferir as tradicionais procissões para setembro. Sob consultas, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos destacou que a festa da Páscoa não pode ser transferida de data.
Em relação ao chamado Tríduo Pascal, que começa na chamada Quinta-Feira Santa, a orientação é para que “mesmo sem a participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios litúrgicos, avisando os fiéis da hora de início de modo a que se possam unir em oração nas respectivas habitações”. E que se estimule o uso das redes sociais. Prevê-se especificamente para a Sexta-Feira Santa que “na oração universal, o Bispo Diocesano terá o cuidado de estabelecer uma intenção especial pelos doentes, pelos defuntos e por aqueles que sofreram alguma perda” por causa da covid-19.
Metade das dioceses paulistas já adotou restrições, incluindo as Arquidioceses de São Paulo, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba. As procissões tradicionais de Domingo de Ramos e da Sexta-Feira Santa poderão ser transferidas. “As expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, a juízo do Bispo diocesano poderão ser transferidas para outros dias convenientes, por exemplo, 14 e 15 de setembro”, diz o texto pontifício.
Nesta segunda-feira, 23, na missa ao vivo que mantém por streaming da Casa Santa Marta, o papa voltou a destacar a pandemia. “Rezemos hoje pelas pessoas que por causa da pandemia estão começando a ter problemas econômicos, porque não podem trabalhar e tudo isso recai sobre a família. Rezemos pelas pessoas que têm esse problema.” Francisco ainda cancelou a visita que faria a Malta no fim de maio.