“A justiça e a igualdade de acesso sempre foram essenciais e ver a vacinação começar em todos os Estados-membros, sejam pequenos ou grandes, é um momento importante de solidariedade da UE”, manifestou a comissária, numa nota enviada à comunicação social.
“A UE atravessou esta pandemia em unidade e agora também estamos a iniciar o processo para pôr um fim duradouro à pandemia, juntos e unidos”, acrescentou.A vacinação contra a covid-19 arrancou hoje na UE, seis meses depois de a Comissão Europeia ter apresentado a sua estratégia de imunização, porém, o os planos para uma campanha coordenada com todos os Estados-membros, acabaram por ser defraudados pela Hungria, Alemanha e Eslováquia, que começaram um dia antes.
“Hoje é um dia de grande carga emocional para todos nós: seis meses depois de apresentarmos a estratégia de vacinas covid-19 para a UE, cumprimos a nossa promessa de garantir vacinas para todos os Estados-membros, ao mesmo tempo”, afirmou Stella Kyriakides.
A responsável ressalvou, no entanto, que não se pode “baixar a guarda”, até que um número significativo de pessoas seja vacinado. “Temos que continuar a manter a nós mesmos e às pessoas ao nosso redor o mais seguros possível”, alertou, acrescentando que, apesar disso, “podemos começar 2021 com otimismo, há luz no fim do túnel”.
O primeiro lote de vacinas contra a covid-19 chegou sábado a Portugal. Escoltada por forças de segurança, a viatura refrigerada que transportou as vacinas da Pfizer, duas caixas com um peso total de 41 quilogramas, entrou no perímetro da unidade de armazenamento no distrito de Coimbra cerca das 09:45.
À semelhança de outros países da União Europeia, em Portugal a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS. Na segunda-feira, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,7 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 6.556 em Portugal. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.