O vice-diretor do Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, órgão do Ministério da Saúde da Rússia, Denis Logunov, informou na sexta-feira (4) que a vacina candidata do país contra o coronavírus, a Sputnik V, poderá ser liberada para a população esta semana. “Dentro de alguns dias, entre 10 e 13 de setembro, devemos obter permissão para lançar um lote da vacina para uso civil. A partir deste momento, a população passará a ser vacinada”, disse Logunov no dia 4 à agência de notícias Tass.
“O registro da vacina permite a vacinação de toda a população, mas os grupos de alto risco virão primeiro. Não há restrições para os demais grupos, mas o Ministério da Saúde definiu a tarefa de proteger os grupos de risco em primeiro lugar”, afirmou Logunov.Segundo o vice-diretor, existe uma “vasta base de evidências de que a vacina é segura” e que a segurança “foi o principal pré-requisito para seu registro”.
“[O registro da vacina russa] Permite proteger os grupos de risco imediatamente, sem gastar dois, três, quatro ou cinco anos testando a vacina em voluntários, durante os quais muitas pessoas nos grupos de alto risco podem morrer ou ser prejudicadas”, explicou Logunov.
Nesta segunda-feira (7), o Ministério da Saúde da Rússia informou que a liberação da Sputnik V para a população ocorrerá junto com os testes clínicos da Fase 3.“Começa esta semana a vacinação dos que farão os ensaios clínicos na Fase 3. Paralelamente, começarão as primeiras entregas da vacina [às regiões], até agora modestas, para atender a todos os interesses”, disse o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, à agência Tass.
Ainda segundo a Tass, um total de 40 mil voluntários serão vacinados a partir desta semana na Fase 3, sendo que 30 mil receberão o imunizante e 10 mil receberão uma substância placebo. o Brasil, o governo do Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa no Brasil. Por aqui, os testes devem começar em 1 mês.