Por Richard Lough e Michel Rose
PARIS (Reuters) – O pleito será um teste de meio de mandato para o presidente Emmanuel Macron e seu partido, que pode não conseguir se eleger em uma só cidade grande.
Um ano atrás, Macron esperava que as eleições locais ajudaria a ancorar seu jovem partido centrista em cidades da França, incluindo Paris, antes da esperada candidatura à reeleição para 2022. Mais recentemente, porém, assessores da Presidência têm minimizado suas expectativas.
Os 35.000 prefeitos da França definem políticas em questões de planejamento urbano, educação e meio ambiente e, embora os fatores locais tipicamente conduzam as escolhas dos eleitores, eles dão ao eleitorado a oportunidade de apoiar ou punir um presidente no meio do mandato.
“Temos um governo completamente desconectado da realidade”, disse Naouel, eleitora no 9º distrito de Paris. A França realizou o primeiro turno das eleições municipais em meados de março, menos de 48 horas antes de Macron impor um dos mais rígidos bloqueios de coronavírus da Europa, forçando um longo adiamento antes do segundo turno.
A pandemia ainda deve diminuir a participação nas urnas. Ao meio-dia, o percentual estava em 15,3%, abaixo dos 19,8% registrados na mesma época de 2014.