O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse nesta segunda-feira (6/1) que lamenta profundamente o anúncio do Irã sobre elevar os limites do enriquecimento de urânio. “A aplicação completa do acordo nuclear por todos agora é mais importante do que nunca, para a estabilidade regional e a segurança global”, escreveu Borrell no Twitter.
O Irã anunciou no domingo (5/1) a quinta e última fase do seu plano de redução de compromissos em matéria nuclear, e afirmou que se desliga de qualquer “limite do número de centrífugas” de urânio.Em comunicado, o governo do país assinalou, no entanto, que “a cooperação do Irã com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, que fiscaliza o programa nuclear de Teerã) será mantida”.
Segundo o governo, “por causa” de sua decisão sobre as centrífugas, “já não resta nenhum obstáculo que dificulte o programa nuclear do país no plano operacional”, trate-se da “capacidade de enriquecimento, do nível de enriquecimento, da quantidade de material enriquecido ou da pesquisa e desenvolvimento”.Ainda assim, Teerã assinalou que “o programa nuclear do Irã, a partir de agora, irá se desenvolver apenas com base nas necessidades técnicas do país”.
Até agora, o Irã vinha indicando que precisava enriquecer urânio em torno de não mais do que 5%, nível suficiente para produzir o combustível necessário para produzir eletricidade em uma central nuclear. O comunicado não explica se as necessidades técnicas do país