Em uma cerimônia na Ala Sul da Universidade de Brasília (UnB) foi aberta, nesta segunda-feira (04), a mostra “Silenciando as Armas na África”. Durante o evento, o embaixador do Irã, Houssein Gharibi, entregou um certificado ao artista mineiro Cau Gomes, vencedor do “Festival Internacional de desenhos aplicando arte e cultura em Silenciando as Armas na África”. A abertura da exposição, que estará aberta até 04 de agosto, faz parte também das comemorações dos 60 anos da UnB.
Para a mostra, foram selecionadas 64 obras do festival, realizado com o apoio e iniciativa do Irã e ação da União Africana, no dia Internacional da Paz e do Diálogo das Civilizações, que ocorreu dia 30 de setembro de 2021, na embaixada do Irã em Nairobi, Quênia. Artistas de mais de 15 países participaram do evento que teve como vencedor Cau Gomez, com a obra “A cegueira das Armas”.
Em seu discurso, o embaixador iraniano Houssein Gharibi afirmou que sempre houve bons esforços para silenciar as armas na África e em outras partes do mundo com o objetivo de fazer sociedades livres de conflitos, porém permanecem “o extremismo, a ameaça do terrorismo e os crimes transnacionais continuam sendo um desafio constante”. “O Irã evidencia seu contínuo apoio à paz e ao desenvolvimento de uma sociedade para reduzir o uso de armas de fogo e conflitos armados em geral”, afirmou Gharib.
Já o embaixador dos Camarões, Martin Mbeng, que também é decano do grupo de chefes de missão da África em Brasília, lembrou que apesar da vontade política do presidente Moussa Faki, “as armas continuam a falar e até em alto som em muitas regiões do continente”. Assim, a seu ver, “a iniciativa iraniana em relação a este ideal de paz deve ser congratulada e encorajada”.
Em seguida o artista Cau Gomes ressaltou sentir orgulho de sua obra “A Cegueira das Armas”. “inspiram paz e segurança em nossas sociedades”, acrescentando estar satisfeito por ter participado deste projeto com o apoio da Universidade de Brasília. “Foi um desafio trabalhar com esse tema eloquente que mexe com todos os povos, de vários países”, afirmou. “Nós precisamos de educação como arma e o Brasil vai na contramão disso”, finalizou.